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Jogo vai ficar bruto

 
 
Agora vale tudo no processo eleitoral que vai escolher o próximo governador do Estado. As atitudes do governador Renato Casagrande dão ideias exatas de que ele vai para o tudo ou nada, pegando Paulo Hartung (PMDB) num processo de transição do Aécio Neves (PSDB) para a presidente Dilma (PT), para conter os efeitos favoráveis da aliança de Casagrande com Marina Silva (PSB). Pois está mais do que certo que a eleição presidencial terá seus efeitos na disputa ao governo do Estado. O momento atual mostra um bolo de 40% de votos voando, capazes de decidirem a eleição. E cuja habilitação privilegia somente o atual governador e Hartung, já que os demais candidatos foram prejudicados pela radicalização entre os dois desde o início do processo eleitoral. No ponto em que se encontram, o ex-governador derrapa na jogada de ganhar as eleições nos votos úteis e Casagrande não encontra os meios para provar que é melhor do que seu antecessor. 
 
Suplemento
Para melhor enfrentar o adversário, o governador ganhou o apoio da sensação das eleições presidenciais, Marina Silva. Enquanto seu adversário vive o drama de livrar-se do palanque de Aécio.
 
Atingido
Em meio ao novo escândalo da Petrobras, envolvendo importantes políticos de diferentes partidos, o ex-governador abre interlocuções com o PT, para trocar o palanque do Aécio pelo da Dilma. Interlocuções que andam sendo feitas pelo ex-prefeito de Vitória e candidato do PT ao Senado, João Coser. 
 
Quarentena
Enquanto a companhia de Marina não causa transtornos para a candidatura de Casagrande, apesar do nome de Eduardo Campos surgir no escândalo da Petrobras, o ex-governador vai ter que dar um tempo nessa passagem de Aécio para Dilma. E esperar o que a polêmica pode trazer de melhorias para as condições eleitorais do Aécio. 
 
Falhou
O fenômeno Marina poderia ter proporcionado uma eleição tranquila para a Câmara dos Deputados ao ex-prefeito de Colatina Guerino Balestrassi (PSDB), se ele não fosse tão desastrado do ponto de vista estratégico. Pois ele foi, enquanto esteve na Rede Sustentabilidade da Marina, a figura mais destacada.  
 
Falhou II
Diria até que o Guerino, se tivesse ficado na Rede, poderia mais do que um eleição para a Câmara dos Deputados. Com certeza, disputaria bem até o Senado.
 
Difícil
Já o pessoal da Rede, que se espalhou pelo PSB e PPS e são candidatos à Câmara dos Deputados e à Assembleia Legislativa, dificilmente lograrão êxito. Um ou outro, como o Gustavo De Biase (candidato a deputado federal) pode ter um desempenho razoável, não mais do que isso. Assim mesmo, às custas do prestígio da Marina.    
 
PENSAMENTO:
“A democracia que nossas oligarquias defendem é, de fato, o confisco da democracia”. Jacques Rancière 

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