Sexta, 26 Abril 2024

Juntos e misturados

Quem é o maior interessado em impedir que o ex-deputado estadual Euclério Sampaio (PDT) e o ex-governador Max Mauro (PTB) assumam cadeiras na Assembleia Legislativa? A resposta é óbvia: o ex-governador Paulo Hartung (PMDB/foto). Sendo assim, fica nítido que as manobras do presidente da Casa, Theodorico Ferraço (DEM), tanto no caso das licenças seguidas do deputado Luiz Durão (PDT) – com episódios recentes -, como na reversão da perda de mandato do petebista José Carlos Elias, são para proteger Hartung. Euclério e Max Mauro na Casa, sem papas na língua e com muita munição contra as gestões PH, representariam um estrago e tanto para a imagem do ex-governador que, convenhamos, já não está lá essas coisas. Mas Ferraço, obviamente, também tem interesses, busca assim se beneficiar e consolidar aliados, de olho na disputa de 2014. Aquela velha história: “uma mão lava a outra”. Bom, pelo menos teoricamente - ainda mais tratando-se de Hartung.

 

 
Artimanhas 
Vejam bem. Durão acaba de tirar mais 30 dias de licença para tratamento de saúde, na sequência das licenças anteriores, de 120 e 90 dias, separadas apenas por um dia de presença do deputado em plenário. A convocação de Euclério deveria ter ocorrido quando a licença ultrapassou o limite permitido, que são 120 dias. Teria a Mesa Diretora outra razão para protelar? 
 
Enquanto isso...
O gabinete do deputado licenciado continua funcionando, com 18 funcionários. Nem precisa dizer quem paga a conta.
 
Prática conhecida
Aliás, com os últimos aprontos do presidente da Assembleia, há quem diga que a longevidade dele na vida política está ligada à orquestração de episódios políticos em busca de espaços. Este seria seu método de poder. 
 
Não colou
Ainda sobre Theodorico, a bola da vez dos recentes acontecimentos políticos no Estado, a enquete de Século Diário mostra que a justificativa do deputado no episódio em Guarapari, passou longe de convencer. Depois do vuco-vuco causado, Ferração disse que confundiu Hartung com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que teria passado por situação idêntica à do prefeito Edson Magalhães. Oi?
 
Vamos aos números
Século perguntou aos leitores se acreditavam nessa explicação. A maioria deles, 72%, votaram que “não, a emenda saiu pior que o soneto”; 15% responderam que têm dúvida se Ferração falou a verdade, e apenas 13% compraram a desculpa do deputado. É, não tinha como ser diferente. 
 
Conveniências
O mundo gira na política colatinense. O atual prefeito Leonardo  Deptulski (PT), o Batata, que num passado não tão distante frequentou redações para entregar denúncia da máfia das ambulâncias citando o então deputado federal Marcelino Fraga (PMDB), é o mesmo que conquistou  o peemedebista para o seu palanque eleitoral. 
 
Na ativa
Depois de um pouco sumida do mercado político e de muita confusão interna no Psol, a ex-deputada estadual Brice Bragato volta à arena para se empenhar na candidatura a prefeito da Serra, do correligionário Professor Renato. É coordenadora de campanha dele e sempre foi bem votada no município. 
 
Preparou o terreno
O ex-prefeito de Montanha Hércules Favarato (PMDB), prevendo que dificilmente seria candidato este ano, antes mesmo de ser enquadrado como ficha suja, já havia arrumado uma solução caseira para o pleito: colocou o filho Ricardo Favarato (PMDB) como vice em sua chapa. Hércules é soberano por lá em matéria de voto. Candidato, seria imbatível. Se a Justiça não atrapalhar os planos da atual prefeita Iracy Baltar (PSDB), o embate pode ficar definido por ai. 
 
140 toques
“Juíza cancela coligações na Serra e decide que o PHS não participará das eleições proporcionais 2012”. (Vereadora Sandra Gomes – PSDC – no Twitter).
 
PENSAMENTO:
“O problema do galo é quando ele só canta em período eleitoral”. Dilma Rousseff 

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