Segunda, 29 Abril 2024

Ladainha

Todo início de governo, quando não há reeleição ou continuidade de projeto, o discurso se repete. Nas posses desse dia 1º os prefeitos recorreram novamente ao mantra da redução dos cargos comissionados, do enxugamento da máquina. Pode até ser, mas o problema é que a população não acredita mais nessa ladainha.



Antes mesmo do segundo turno, funcionários das administrações municipais já analisavam quais as possibilidades de migração com o quadro de alianças que havia se alinhavado nos municípios. É que dependendo do partido, os cargos comissionados fazem um rodízio de poderes.



Ao chegar à prefeitura, ou aos legislativos, os agentes políticos, realmente, reduzem os cargos comissionados. Geralmente, a partir do primeiro dia da nova gestão começa o chororô dos diários oficiais, com as exonerações dos comissionados ligados ao antecessor. Tristeza, que em muitos casos se transforma em alegria em outros municípios ou órgãos públicos.



Mas, este ano a situação é um pouco mais complicada. Isso porque há cerca de duas décadas um grupo de partidos controlava as principais prefeituras. Este ano, porém, os eleitos são de partidos diferentes desse grupo, o que poderia prejudicar a dança das cadeiras.



Poderia, porque esses partidos não têm quadros suficientes para preencher as vagas a serem abertas com o tal enxugamento. Os próximos dias devem ser de muita movimentação de servidores de um município batendo no gabinete do prefeito do município vizinho.



Mas dizer que as vagas não serão preenchidas, isso não convence mais. Pode até ser, mas a pressão vai ser grande e pelo volume das campanhas, o número de cabos eleitorais nas ruas, o que deve acontecer mesmo é uma rearrumação, saem os comissionados do antigo prefeito para dar lugar aos apadrinhados dos novos governantes. Já virou tradição.



Fragmentos:



1 –  O vice-governador Givaldo Vieira até que tentou convencer Casagrande a ficar mais tempo em férias, mas o governador não quer perder o time das discussões na Assembleia Legislativa. Acompanha bem de perto.



2 – Muitos prefeitos reclamaram de falta de informação sobre as reais situações financeiras das prefeituras. Muitos só começam a tomar pé da situação a partir desta quarta-feira.



3 – As tradicionais claques não ficaram de fora das posses, aplaudiam até espirro. Evidentemente com objetivos bem diferentes, a claque é igual a carpideiras, contratadas para chorar em velórios. Em alguns casos, teve gente que chegou a incomodar os próprios empossados, exageraram.

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