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Manjado

 
 
O governador eleito, Paulo Hartung (PMDB), quando assumiu a Prefeitura de Vitória, em 1993, disse que seu antecessor, Vitor Buaiz, havia quebrado a administração municipal. Anos depois, em 2003, quando entrou no governo no lugar deJosé Ignácio, repetiu a mesma coisa. Agora, na preparação para voltar ao Palácio Anchieta, ensaia o mesmo discurso em relação à gestão de Renato Casagrande. Os argumentos já foram construídos durante a campanha, primeiro com aquele estudo que colocou as contas do governo em xeque, depois com a história de que o “Estado parou”, o que norteou a defesa de sua candidatura ao governo. Caberá à equipe de transição, formada por aliados e economistas que realizaram o tal estudo, endossar tal diagnóstico negativo. Os trabalhos iniciais já apontam no sentido de oferecer a Hartung os elementos necessários para repetir o discurso. Soma-se a isso a polêmica da obstrução da pauta da Assembleia Legislativa provocada pelo governador eleito, com a desculpa de “temor” sobre os impactos financeiros em sua gestão. As ações fazem parte de uma estratégia pronta e conhecida, que serve para justificar o não atendimento de demandas e consolidar o “governo de futuro” que sempre foi a marca de Hartung. O problema é que esse tal futuro nunca chega…
 
Manjado II
No seu primeiro mandato de governador, Hartung passou quatro anos dizendo que estava consertando o caos. Depois usou isso para justificar sua reeleição. Precisava de mais quatro anos para colocar em prática o que não fez, já que estava ocupado “arrumando a casa”. Saiu do governo dizendo que estava tudo a mil maravilhas. Não estava. 
 
Prova de fogo
Com essa manobra para obstruir as urgências na Assembleia, quero ver como Hartung vai se comportar diante do projeto do presidente do Tribunal de Justiça do Estado, Sérgio Bizzoto, que estende para os aposentados e pensionistas os “penduricalhos” garantidos aos membros do Judiciário. E olha que não são poucos. Neste caso não há impacto? 
 
Prova de fogo II
Nunca é demais lembrar que Hartung já iniciou sua aproximação com as instituições do seu “arranjo institucional”, que garantiram a ele a blindagem necessária durante seus oito anos de governo. Bizzoto pede urgência. Vai mandar obstruir também?
 
Momentos finais
Depois de sair derrotado na disputa à Assembleia Legislativa, com 7.123 votos, Alexandre Passos voltou ao seu antigo cargo de secretário de Estado de Turismo, em clima de final de festa. Não quer largar o osso. 
 
Fora
Mais uma licença para a deputada estadual Solange Lube (PMDB), para tratar de “assuntos pessoais”, foi lida no expediente da Assembleia nesta quarta-feira (22). Começou nessa segunda e vai até o dia 30 de novembro, sem remuneração. Ela já mostrou que adora viajar. 
 
Futuro 
Lube não conseguiu se reeleger nessas eleições e já há especulações sobre seu futuro político, principalmente em relação à disputa de Viana em 2016, quando enfrentaria o prefeito Gilson Daniel (PV). O problema é que ela já acumula duas derrotas seguidas e não tem mais tantos votos no município, como nos velhos e bons tempos. 
 
Futuro II
Ela até foi a mais votada por lá, com 4.399 votos, 1/3 de sua votação total. Mas quando se pensa no universo de 32 mil moradores de Viana que foram às urnas e na história política que Lube representa no município, é pouco. 
 
Mais uma
Para não fugir à regra, a Assembleia Legislativa realiza mais uma sessão solene para homenagear os evangélicos na noite desta quarta, ao todo 40 diáconos e diaconistas. Desta vez, proposta pelo deputado estadual Euclério Sampaio (PDT). Vai ser aquela festa, com transmissão pela TV Ales. 
 
Não muda
Na próxima legislatura, a bancada dos evangélicos não contará mais com o seu protagonista, Esmael Almeida (PMDB), que concentra seus mandatos apenas nessa área. Nem por isso, porém, o excesso de homenagens deixará de acontecer. Serão seis deputados da área. O interesse em agradar os fiéis, que representam o filão do eleitorado, é crescente. 
 
140 toques
“Crise d'água em SP é exemplo do quanto as mudanças climáticas são subestimadas pelas autoridades do Brasil e do mundo”. (Greenpeace Brasil – no Twitter)
 
PENSAMENTO:
“Transição não é transação”. Joaquim Francisco de Freitas Cavalcanti

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