Muitas dúvidas
Seguindo a reportagem da Folha de S. Paulo, os jornais capixabas desta terça-feira (24) trazem a fala do ex-prefeito de Vitória João Coser, de que aceita o desafio de disputar o governo do Estado. Mas até que se baixe a poeira nacional a situação no Espírito Santo segue muito indefinida.
Uma definição que poderá clarear as ideias por aqui é sobre a Rede Sustentabilidade. Marina Silva, que segue em segundo na corrida presidencial, descarta um plano B para disputar a eleição. Se ela não entrar, o foco fica sobre o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).
Ele está bem atrás na disputa, mas sua situação é melhor que a do tucano Aécio Neves. Eduardo Campos pode se apresentar como novidade no pleito, além de ser uma figura leve e com ficha limpa. Isso traz uma reflexão para a classe política do Estado.
O governador Renato Casagrande é partidário, mas prefere a neutralidade e defende a permanência do PT em seu grupo político. Neste sentido, Dilma teria três opções no Estado. Além do palanque neutro de Casagrande, o PT vem sendo assediado pelo grupo do ex-governador Paulo Hartung, uma movimentação que não é vista com tanto entusiasmo pela cúpula petista, mas tem o apoio do vice-presidente Michel Temer. Até onde isso influencia, não se sabe muito bem ainda.
Agora aparece a possibilidade de o partido lançar candidatura própria com Coser. O que talvez não seja uma ideia nada boa para o PT nacional. O PT não se preparou para disputar o governo e terá muita dificuldade em reunir aliados para construir um palanque no Estado.
Outro fator que mexe com o mercado político do Estado é a frase da deputada federal Lauriete (PSC), mulher do senador Magno Malta (PR). Ela declarou em recente evento do PSC que quer ser a primeira-dama do Brasil. A deputada pode estar indicando que Malta talvez não entre na disputa estadual, como estava sendo cogitado.
Todas essas variáveis deixam a situação eleitoral do próximo ano ainda muito indefinidas. De certo, existe a candidatura do governador Renato Casagrande à reeleição com a disposição de manter ao seu lado o grupo que o elegeu em 2010.
Fragmentos:
1 – Na sabatina dos candidatos a conselheiro do Tribunal de Contas na manhã desta terça-feira (24), chamou a atenção a presença do ex-governador Max Mauro (PTB) no plenário da Assembleia.
2 – Max foi o autor da ação popular que questionou na Justiça a presença de Elcy de Souza no colegiado. O ex-governador alegou que a vaga ocupada por Elcy pertencia ao Ministério Público e o conselheiro nunca teve acento no MPES.
3 – Depois de uma batalha judicial longa, o ex-governador conseguiu que a nomeação de Elcy fosse anulada. Sua presença na sabatina desta terça, deve ter feito tremer os candidatos.
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