Faltando 20 dias para as eleições, o cenário é indefinido tanto em nível estadual quanto na disputa presidencial. Nacionalmente, Dilma Rousseff escapa do empate técnico, mas terá que esperar alguns dias para saber se a “onda Marina” bateu mesmo na praia.
Os ataques petistas e a falta de consistência do discurso da presidenciável socialista parecem estar funcionando em favor de Dilma, mas ainda estão longe de garantir uma reeleição tranquila para a presidente no primeiro turno.
Na disputa estadual está cada vez mais claro que o ex-governador Paulo Hartung (PMDB) tem um teto eleitoral em torno de 40%. Isso foi desde o início do processo, mas há uma estrutura midiática funcionando em favor do peemedebista. Dizer que ele vence no primeiro turno, há 20 dias da eleição e com 15% de indecisos, sendo que ele não ultrapassa seu teto, seria uma aposta.
Mas o reforço neste discurso tem um objetivo muito claro para a classe política. Diante da impossibilidade de se criar cenários artificiais por meio dos números, como tantas vezes o grupo de Hartung conseguiu fazer, o reforço vem na linha editorial.
Isto é, de tanto martelar que o candidato do PMDB vai vencer no primeiro turno, o eleitor acaba se confundindo e forçado a aderir ao voto útil na reta final da eleição. Mas a realidade até aqui é de que a disputa eleitoral continua indefinida.
Não se sabe ainda se Hartung vai conseguir dar gás à sua campanha e manter a vantagem ou se os ataques de Casagrande vão surtir efeito no eleitor. E ainda há o fator Marina Silva no palanque de Casagrande e a tentativa de aproximação entre Hartung e Dilma Rousseff.
Enfim, daqui até 5 de outubro tudo pode acontecer, inclusive, nada.
Fragmentos:
1 – A bandinha de Casagrande costuma tocar Bad Romance, da Lady Gaga. Faz sentindo, se observarmos um pedaço da letra. Tem tudo a ver com a relação política dele com seu antecessor.
2 – “Eu quero o seu amor / E eu quero a sua vingança / Você e eu poderíamos escrever um romance ruim”.
3 – Na virada cultural, nesse fim de semana, no Centro de Vitória, chamava a atenção uma projeção próximo à Praça Oito, com a foto icônica da presidente Dilma Rousseff nos Anos 60, com várias temáticas.