Segunda, 29 Abril 2024

Palavra final

 

Que a eleição para a presidência da Assembleia Legislativa já está mais do que definida em favor do atual presidente, Theodorico Ferraço (DEM/foto), todo mundo está careca de saber. O teste de fogo será mesmo a escolha dos primeiro e segundo secretários, vagas cobiçadas pelas bancadas. A dúvida é sobre a atuação de cada força na definição dos nomes. Irá predominar a tal unidade – ou unanimidade? - que o governador Renato Casagrande prega entre os 16 partidos que o apoiaram em 2010, ou Ferração terá espaço para fazer a escolha, a seu modo? Para validar seus atos à frente da Casa, o presidente precisa contar com pelo menos um secretário das duas vagas, já que o peso é o voto do presidente mais um. Considerando o andar da carruagem, o palpite da coluna é que Casagrande fará as escolhas, dado o interesse que tem de garantir um caminho tranquilo à reeleição. Mas em se tratando de Ferração, que alterna ódio e amor em relação ao governador, nunca se sabe. Ele estaria disposto a se render a Casagrande ou pretende colocar obstáculo ao avanço do socialista? Embora pareça uma decisão meramente organizacional da Assembleia, a importância de fechar a questão vai muito além: é o comando da Casa que está em jogo. 
 
Amnésia proposital
As articulações que consistiriam em levar o deputado estadual Cláudio Vereza (PT) para o Tribunal de Contas, e assim acomodar Esmael Almeida (PMDB) na Assembleia, se confirmadas, serão mais um ato contraditório do partido, depois da PEC da reeleição. Nos dois casos as medidas vão de encontro a bandeiras antigas do PT e tiveram Vereza como protagonista. É...as coisas mudam.
 
‘Acordão’
Os deputados estaduais eleitos prefeitos este ano serão diplomados até esta quarta-feira (19). Passada esta fase, serão abertas as cinco vagas para os suplentes. Como se estivesse podendo, o PSDB abriu mão de uma cadeira para o ex-deputado Paulo Roberto (PMDB) e só vai emplacar Marcos Mansur na Casa. Lembrete: hoje, não tem tucano na Assembleia. 
 
‘Acordão II’
O outro que poderia entrar, o vereador tucano Olmir Casteglioni, até andou ameaçando acionar a Justiça para assumir, já que a vaga pertence ao partido. Paulo Roberto migrou do PMN para o PMDB e não deveria portanto, ser o dono da cadeira. Mas pelo visto, o tal acordo chegou também a Olmir. Tudo armado e sacramentado. 
 
Regra
Emenda à Lei Orgânica publicada no Diário Oficial determina que a fixação do número de vereadores na Capital deve ocorrer um ano antes da eleição. Ato é assinado pelo presidente da Câmara, Reinaldo Bolão (PT), e provavelmente o último dele. A não ser que o petista seja reeleito ao posto. 
 
Contraponto
A imagem ao lado, do protesto realizado por entidades da sociedade civil, nesse domingo (16), mostra que a Vale não tem nada de sustentável, como tenta vender à sociedade ao promover eventos que remetem à qualidade de vida. Exemplo da corrida da poluidora Super Ar, realizada no mesmo dia, que mudou de nome por livre e espontânea pressão. Recado bem dado. 
 
Mais um
Depois da bolada destinada outro dia à empresa de propriedade do comentarista de segurança da Rede Gazeta, Marco do Val, o governo vai pagar mais R$ 300 mil para curso aos policiais militares. Desta vez, pelo menos, foi realizado pregão eletrônico e é a Faesa que vai realizar o Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais (CAO-ES). Mas, interessante, não é informado o período. Marco do Val recebeu o mesmo valor, por uma semana, sem licitação. 
 
Cara de pau
Essa Rodosol não tem limite mesmo. Todo final de ano lá vêm os aumentos absurdos do pedágio na Terceira Ponte e na Rodovia do Sol, que em janeiro passam a valer, respectivamente, R$ 1,90 e R$ 7,20. O governo do Estado abre as pernas e sobra para nós. 
 
Cara de pau II
Aliás, quantas pontes os capixabas já pagaram com o dinheiro do pedágio?
 
140 toques
“O The Voice Brasil é a prova de que é possível fazer programa e música de qualidade na TV brasileira”. (Vice-prefeito de Viana – Carlos Lopes – PSB).
 
PENSAMENTO:
“É só fazer um raciocínio: temos eleições a cada dois anos no Brasil. Tudo o que o governo fizer é campanha eleitoral”. Dilma Rousseff

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