Quarta, 08 Mai 2024

Pré-requisito

 

Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Congresso Nacional e Assembleia Legislativa, o que tem em comum os processos de eleição de seus presidentes este ano? Todos registram como favoritos fichas sujas, e que não respondem a processinhos quaisquer. Inaugurou a série, na noite dessa quinta-feira (31), Marcus Vinícius Furtado Coêlho (foto), eleito presidente do Conselho Federal da OAB, com as bênçãos do presidente da seccional capixaba, Homero Mafra. Nesta sexta-feira (1), os aplausos e as boas-vindas dos colegas de plenário vão para Renan Calheiros (PMDB-AL), no Senado – apoiado pelos senadores do Estado, Ricardo Ferraço (PMDB), Ana Rita Esgário (PT) e Magno Malta (PR) -, e Theodorico Ferraço (DEM), na Assembleia Legislativa. Já na próxima semana, será a vez da Câmara dos Deputados tentar consolidar no posto outro investigado, Henrique Alves (PMDB-RN), também com consentimento de parlamentares capixabas. Na contramão do que prega a moralidade política, retroceder virou lema. Haja sujeira varrida pra debaixo do tapete...
 
Cinismo
A propósito, a coluna alerta: tem que ter estômago para acompanhar essas eleições. Melhor evitar.
 

Não cola

Pelo menos, o repertório de desculpas e justificativas em defesa dos fichas sujas pelos políticos não ecoa na boca da sociedade civil. Enquete de Século Diário, com a participação de 699 leitores, aponta que 39% consideram a reeleição de Ferraço uma afronta aos princípios éticos e morais. Outros 29% entendem que o processo mostra o corporativismo dos deputados e ainda 8% falam em total retrocesso. Para a coluna, as três coisas ao mesmo tempo. 



Minoria
Do lado de Ferraço, mesmo, estão apenas 19% dos eleitores, que consideram ser o presidente o melhor candidato, uma ótima escolha - outros 5% responderam “natural, afinal nada foi provado contra ele”. Ah tá!
 
Encomenda
Corporativismo entre os próprios políticos, aliás, é coisa antiga. Mas entre entidades de servidores e chefes dos poderes, nem tanto. Na hora do aperto, eis que surgem o Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa e do Tribunal de Contas do Estado (Sindilegis) e a Associação Espírito-Santense do Ministério Público do Estado, com uma única missão: socorrer Ferraço e o procurador-geral Justiça, Eder Pontes. Me engana...
 
Estrangeiro
Já há quem diga que a equipe do prefeito de Vila Velha, Rodney Miranda (DEM), tem como principal desafio apresentar o município ao demista. Rodney foi eleito sem conhecer nada de Vila Velha, nem mesmo os trajetos. Quanto mais as lideranças. Do tipo: se largar o prefeito em um canto, ele não chega a outro por conta própria. Daí se vê como funciona a política. 
 
Desaforo
A juíza Larissa Pimentel – quem não se lembra dela? – foi destaque da coluna Radar On Line, da Revista Veja, em nota intitulada “Sambando na morosidade do Judiciário”, assinada por Lauro Jardim. Enquanto as investigações da Operação Naufrágio seguem em ritmo de tartaruga, ela é figura constante em colunas sociais e ainda dona do posto de rainha de bateria da Novo Império, o que tem irritado membros do MP. Não só a eles. 
 
Abrigo
Mais uma acomodação no governo do Estado de derrotado nas eleições municipais. O ex-vice-prefeito de Viana, Carlos Lopes (PSB), que foi candidato ao mesmo cargo na chapa de Solange Lube (PMDB), assumiu a direção administrativa financeira e de recursos humanos do Detran-ES.


Registro
Maria Inês Loureiro não responde mais pela direção do Museu de Arte do Espírito Santo (Maes).
 
140 toques
“A eleição de Renan Calheiros é a verdadeira volta dos que não foram. Time de escola: Sarney, Renan, Collor, Jáder, Lobão, Maluf et caterva”. (Roberto Belling – no Twitter)
 
PENSAMENTO:
“A corrupção é como uma bola de neve: uma vez posta a rolar, fatalmente cresce.” Charles Caleb Colton

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