Quanta diferença...
O silêncio do procurador-geral de Justiça, Eder Pontes, ao bombardeio para cima do Ministério Público do Estado (MPES) por conta da inclusão do ex-governador Paulo Hartung (PMDB) na denúncia sobre o posto fiscal virtual em Mimoso do Sul, mostra o tanto que ele é incoerente. Em meio ao desenrolar da Operação Derrama, Pontes foi a público inúmeras vezes pedir respeito ao papel constitucional do MPES. Também tomou partido em favor dos promotores da Operação Maranata, ressaltando que o Ministério Público não se curvaria a pressões. Agora, que as críticas partem do próprio Hartung e do governador Renato Casagrande, o chefe do Ministério Público se cala. E olha que não são críticas quaisquer. Em declarações ao jornal A Gazeta, o ex-governador tratou como “atitude covarde” o pedido do promotor Dilton Depes de bloqueio de bens dele e mais sete; já Casagrande disse que o MPES “passou dos limites”. A diferença de postura mostra que Eder Pontes não defende a instituição que comanda, mas sim seus próprios interesses. Mudaram os personagens, muda também a disposição do procurador-geral. Não vai encarar, Pontes?
Oposto
Já a Associação Espírito-Santense do Ministério Público (AESMP), sim, foi coerente. Saiu em defesa de Pontes na polêmica da Derrama e fez o mesmo em nota publicada nesta terça-feira (19) na mídia corporativa. E sem querer saber com quem estava mexendo. Corporativismo à parte, fez seu papel.
‘Paga’
Aliás, Hartung já começou a retribuir à “solidariedade” de Casagrande. Em A Gazeta, também nesta terça, o ex-governador declarou que estará coladinho no socialista em seu projeto de reeleição, na busca de manutenção da “unidade política”. Unidade ou unanimidade?
Em falta
E não é que o deputado estadual Gilsinho Lopes (PR) também se calou diante da denúncia do posto fiscal? Nem parece aquele que foi o primeiro a falar do assunto, anunciando inclusive intenção de convocar o ex-secretário da Fazenda, José Teófilo, para prestar esclarecimentos. Quem te viu....
Demorou
Já Euclério Sampaio (PDT) voltou às origens e disparou na direção de Hartung. Finalmente, hein!
Difícil
Bom seria se a Assembleia aprovasse o projeto de resolução do deputado estadual Hércules Silveira (PMDB), que pretende regulamentar a participação de qualquer integrante da sociedade civil no processo de escolha dos futuros conselheiros do Tribunal de Contas do Estado. A missão, porém, é daquelas quase impossíveis. O que define é o interesse político.
De olho
Por falar no deputado, cadê a convocação da secretária de Meio Ambiente, Patrícia Salomão, pela Comissão de Saúde? Hércules, Hércules...
Resíduo
Tem mais elementos por trás da crise interna no PSDB, que veio à tona com o processo de eleição do diretório de Vitória. Comentários de bastidores indicam que a bronca entre Luiz Paulo Vellozo Lucas e o grupo do vereador Luiz Emanuel Zouain, que fez seu sucessor no cargo, volta na polêmica da dívida deixada pelo ex-deputado federal e ex-prefeito na última campanha à prefeitura da Capital.
Resíduo II
Luiz Paulo ficou devendo R$ 4,1 milhões, já que gastou ao todo R$ 9,5 milhões e arrecadou R$ 5.388.147,72. O que dizem é que ele esperava que o PSDB Vitória assumisse a conta, mas o diretório, presidido até então por Zoauin, não teria concordado. O ex-deputado não participou da convenção que homologou a tal “chapa de consenso” nesse final de semana.
140 toques
“Decisão da ministra Carmem Lúcia (STF) aumenta nossa confiança de que o Poder Judiciário vai preservar nossos direitos e o equilíbrio federativo”. (Governador Renato Casagrande – PSB –no Twitter).
PENSAMENTO:
“O irracional respeito à autoridade é o maior inimigo da verdade”. Albert Einstein
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