Sexta, 03 Mai 2024

Vício de poder

Há sempre uma procura constante para encontrar quem possa, em 2014, vir a ser o adversário do governador Renato Casagrande. Inevitavelmente surge o nome do ex-governador Paulo Hartung (PMDB). Mas não mais com o prestígio de outrora, quando era tido como a figura ímpar da política capixaba.



As eleições municipais reduziram sua potencialidade eleitoral. A mesma eleição que jogou para cima o atual governador Renato Casagrande, como também colocou luminosidade no prefeito eleito de Vitória, Luciano Rezende, do PPS, alçando-o à condição de nome com capacidade para ingerir nas eleições de 2014.



Luciano passou a ser ocupante da segunda vitrine mais importante do Estado, podendo ser risco para Hartung, como também tem condições de segurar sua barra numa pretensão acima do atual capital político. Pois sai de uma eleição derrotando dois nomes,  Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) e Iriny Lopes (PT), considerados de alta densidade eleitoral na Capital do Estado.



Como o prefeito eleito de Vitória vai se comportar na sucessão de Casagrande? Ou melhor, para que lado ele irá? Ele foi secretário de Esportes de Paulo Hartung, e na hora em que o ex-governador quis ser nomeado prefeito de Vitória, na condição de candidatura única, dos pré-candidatos, ele foi o único que se dispôs a abrir mão da disputa em favor de Hartung.



Quando o ex-governador quis que ele abrisse  mão da candidatura para apoiar Luiz Paulo, sob pretexto de que não havia a mínima chance de ganhar, o que era realmente, para aquele momento, absolutamente real, entrou em cena o governador Renato Casagrande para socorrê-lo. Colocou dois partidos – o PR e o PP – para aumentar  tempo de TV de Luciano.



O comportamento do prefeito eleito, após as eleições, não registra qualquer relação dele com o ex-governador. Se não acabou de vez, demonstra que está tocando o barco com o leme na mão e ciente do que passou a representar. O que não deixa de corresponder à realidade. Pois, hoje, na frente dele está apenas o governador Renato Casagrande.



Entre ele e o governador, a composição é fácil, até porque o calendário eleitoral favorece. Renato concorrerá à reeleição e o mesmo deve ocorrer com Luciano. O calendário não colide nunca, só harmoniza.



Quanto a Hartung, se não for à disputa agora em 2014, não haverá chances mais na frente. E ele não anda bem das pernas. Vai querer ser candidato a quê? Olhe lá se for ao Senado. Mas  vai precisar do Renato Casagrande, do Luciano, e ele não tem temperamento para se submeter a outras lideranças, apesar de ter vício de poder.

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