Andora Ufes integra Conselho Internacional de Folclore
Colorida, animada e multicultural, a Cia de Dança Andora Ufes vai receber mais um incentivo para continuar levando sua arte a diversos lugares do mundo. Recentemente, a companhia foi aceita para integrar-se aos quadros de grupos folclóricos e para-folclóricos vinculados ao International Council Of Organizations of Folklore Festivals and Folk Arts (CIOFF).
“Estamos muito felizes em contribuir com a divulgação da cultura popular e das tradições brasileiras, já que conhecê-las é um direito de todos os cidadãos”, diz Cecilia Nunes, uma das integrantes do grupo. O CIOFF é uma organização não-governamental que tem ligação com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Criada em 1970, sua tarefa é proteger, promover e difundir a cultura tradicional e o folclore.
Para isso, o Conselho internacional organiza festivais de folclore nos 95 países em que o está presente. A Cia Andora é o primeiro grupo de dança capixaba a fazer parte do CIOFF e agora vai ter a oportunidade de participar dos eventos organizados pelo órgão.
“É preciso ter um padrão de qualidade integrar a organização e trabalhamos muito para conseguir integra-la. Nosso papel agora é representar a imagem do Brasil e do Espírito Santo em todos esses países”, diz Cecilia.
Com essa nova fase para o grupo, todos esperam conquistar mais aprendizados e conhecer novas culturas. Cecilia conta que a maioria dos integrantes da companhia são professores em formação, que apresentam a escolas e a comunidades conteúdos ligados ao folclore e à cultura popular.
A Andora trabalha principalmente com danças populares brasileiras, sempre regatando a produção cultural humana e não deixando que ela se perca no tempo. Os enredos dos espetáculos destacam três regiões do país: o Norte, representado pelo Carimbó e o Lundu; o Nordeste, que valoriza os ritmos do baião, do samba de roda e do coco; e por fim o Sudeste, que se destaca pela influencia europeia, no sapateado, e também pelo congo, o pastoril do barreiro e o Ticumbi.
Antes de fazer parte do CIOFF, o grupo já havia sido convidado pela instituição a se apresentar em outros estados do Brasil e no exterior. Desde 2010, a cia se apresenta no Festival de Folclore de Olímpia, em São Paulo, o que credenciou sua ida ao Festival Internacional de Folclore de Passo Fundo (RS) e ao Festival Internacional de Folclore do Concelho de Almeirim (Portugal), ambos em 2012.
No mesmo ano a Companhia de Dança Andora desembarcou na França a convite da Universidade de Estrasburgo para apresentar sua peça As Festas Brasileiras.
“Nas apresentações de dança sempre abrimos e fechamos com o congo, que contagia toda a plateia, que acaba dançando junto”, diz Cecilia. Ela também conta que o grupo é sempre muito bem recebido nos lugares onde se apresenta, o que, no princípio, até os assustou um pouco.
“O público de fora quando assiste a um espetáculo brasileiro já aguarda muita música alegre e muitas cores no figurino e nos adereços. Eles ficam encantados com o visual e com as batidas brasileira e africana que fazem todos dançar”, completa.
Em sua caminhada desde sua criação, em meados de 2008, o grupo privilegia a tendência contemporânea de dança com inspiração na cultura popular, sem deixar de considerar as grandes contribuições de correntes clássicas e modernas.
A Cia de Dança Andora é formada por cerca de 30 componentes, entre dançarinos, músicos e comissão técnica, estudantes ou professores. O grupo se originou de um projeto de extensão da Ufes, mas hoje é aberto à comunidade e possui integrantes de outras universidades e escolas do país.
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