Terça, 07 Mai 2024

Mais um fruto da árvore do reggae

Mais um fruto da árvore do reggae

O reggae roots da banda Ponto de Equilíbrio retorna aos palcos do Espírito Santo para dois shows. Nesta sexta-feira (21), no Unimed Hall, em Cachoeiro de Itapemirim, e no sábado (22), na Área Verde do Álvares Cabral, em Vitória. 

 


A banda se prepara para uma nova fase e encerra um período de três álbuns com o primeiro DVD Juntos Somos Fortes, produzido de forma totalmente independente. O lançamento está previsto para fevereiro, após o carnaval
 
Em entrevista, o baixista Pedro Caetano fala um pouco do processo para produzir o DVD e dos planos futuros da banda. Durante a conversa, ele também comenta sobre os novos rumos da música e de como é trabalhar sem uma gravadora. 
 
“Acho que é esse o caminho que a música esta tomando, cada vez mais artistas disponibilizam seus discos na internet, independentes de uma gravadora”, diz.
 
Século Diário - Vocês acham que conseguiram transmitir neste DVD a energia, delírio e vibração característicos de um show do Ponto?
 
Pedro Caetano - Sim, nós conseguimos um resultado final de alto nível tanto em vídeo como em áudio. Esse DVD é muito esperado e sabemos que poucas bandas têm estrutura para lançar um trabalho totalmente independente de qualidade, por isso procuramos fazer o melhor possível.
 
Ficamos muito satisfeito com o DVD, que reflete bem a banda e o reggae nacional, que está se renovando e acrescentando novas referências como a MPB, o hip hop, o jazz. O DVD mostra bem essa mistura de gêneros da banda.
 
SD - O DVD saiu pelo Kilimanjaro, selo criado pela própria banda. Foram dois discos pelo selo e agora este trabalho. Lançar um DVD ao vivo, com todo o imenso esforço que deve demandar, também é mais “fácil” (muitas aspas) do que seria fazê-lo via uma gravadora? 
 
PC - Na verdade é bem difícil, é como diz a expressão “bate escanteio e corre pra cabecear” (risos). Mas conseguimos montar uma rede de contatos para integrar outros segmentos ao nosso trabalho e assim termos a estrutura necessária para gravar os discos e produzir o DVD. 
 
Já tivemos experiências com uma gravadora, mas o trabalho não deu continuidade e voltamos a ser independentes, o que acabou sendo melhor para a banda. Isso nos forçou a fazer um trabalho cada vez mais organizado. 
 
Na divulgação, a internet e as redes sociais ajudam muito, estamos sempre atualizando o Facebook e tendo o retorno dos fãs de imediato. Acho que é esse o caminho que a música em geral está tomando, cada vez mais artistas disponibilizam os discos na internet e criam uma relação bem mais próxima com os fãs e independentes de uma gravadora.
 
SD - Como se deu a escolha do repertório para este DVD? Foi trabalhoso alcançar um consenso?
 
PC - Foi difícil alcançar um consenso, acabamos deixando algumas canções mais importantes de lado. Mas é o repertório dos shows que estamos fazendo atualmente. No total foram 18 músicas, que abrangem os três discos, dando mais ênfase ao álbum mais recente, Dia Após Dia Lutando (2010), que considero o nosso trabalho mais maduro.
 
SD - Está no site: “Juntos Somos Fortes coroa a etapa consagradora da banda Ponto de Equilíbrio”. O lançamento deste DVD parece marcar um fim de um ciclo e o início de outro. Em que sentido?
 
PC - Sim, estamos fechando um ciclo e iniciando uma nova fase que ainda não sabemos para qual direção vai. Estamos trabalhando com muitas coisas novas, posso adiantar que virão mais trabalhos audiovisuais e parcerias com artistas internacionais. Enfim, a banda está a todo vapor, temos muitos planos, mas ainda nada concreto.
 



SD - O primeiro disco, Reggae a Vida Com Amor (2004), ainda parece ser considerado o grande disco do Ponto. Um: vocês concordam? Dois: nos shows, é natural que ele vá ficando mais pra trás?
 
PC - Não podemos negar a importância do nosso disco de estreia na história do Ponto. Éramos bem jovens na época e tínhamos muita energia também, ele é com certeza o nosso grande disco. Por isso estamos retrabalhando algumas músicas e recolocando o álbum à venda, porque ele estava esgotado. 
 
Estamos renovando o repertório e deixando de tocar as músicas do primeiro disco, mas sempre acrescentamos umas três ou quatro canções dele nos shows.
 
SD - Musicalmente, em termos de arranjo, composição, qual ou quais aspectos amarram os três discos do Ponto, a ponto de ser estabelecido uma identidade sonora da banda? 
 
PC - Pode parecer um pouco simplista falar assim, mas acredito que a característica comum a todos os álbuns do Ponto é a mistura do reggae de raiz aos ritmos africanos e brasileiros e também ao jazz. 
 
Em relação às letras, sempre procuramos passar uma mensagem. Falamos de Jah, de autoconhecimento, de problemas sociais, de amor, somos bem ecléticos em relação aos temas. 
 
Os três discos se estruturam nessa linha e todos foram compostos pela banda em conjunto, durante os ensaios alguém chegava com uma ideia e o outro completava.
 
SD - Mera curiosidade: existem músicas que a banda gosta mais de tocar em relação a outras?
 
PC - Difícil responder por que há muita divergência dentro da banda (risos). Posso dizer que gosto de todas e que durante a escolha do repertório procuramos colocar aquelas músicas com que o público interage mais. Não podem faltar Árvore do Reggae e O Que Eu Vejo.
 
Serviço
A banda Ponto de Equilíbrio se apresenta nesta sexta-feira (21) no Unimed Hall, em Cachoeiro de Itapemirim. Av. Francisco Lacerda de Aguiar, 138, Shopping Sul, Centro. No sábado (22), na Área Verde do Álvares Cabral. Av. Marechal Mascarenhas Moraes, 2100, Bento Ferreira, Vitória.  Ingressos: R$ 30 (primeiro lote/pista/meia), R$ 30 (segundo lote/pista/meia), R$ 80 (camarote open bar/pista/meia). À venda nas lojas Billabong, Focas, Bicho Guloso, Vila do Açaí, Café Bamboo. 

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