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Samba de Preta chega ao fim, mas artistas se engajam em novos projetos

Mais na Coluna: conferências municipais de cultura; Lei Paulo Gustavo; encontro de formação e de Gestores; Remendo

Após dois anos de realização, o projeto Samba de Preta chegou ao fim. Com Elaine Vieira como intérprete, Maicon Gomes no pandeiro, e Lilinho no violão de sete cordas, a iniciativa começou como um ensaio aberto às quartas-feiras no Espaço Cultural Thelema, no Centro de Vitória, com apresentação de um seleto repertório de samba, incluindo nomes como Elza Soares, Jorge Aragão, Maria Rita, Adoniran Barbosa, Dona Ivone Lara e Alcione.

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O projeto ganhou visibilidade e, consequentemente, passou a ser atração em diversos locais. O Samba de Preta, como bem disse a ativista Ana Paula Rocha nas redes sociais ao saber do fim, “embalou nosso reaprender estar em roda após a pandemia, nos deu esperança e aquele calor preto com suor, sorriso e cerveja”.

E é a mais pura verdade, pois começou a ser feito em um momento de flexibilização das atividades sociais após a tão esperada vacina, marcando um período no qual existia a ânsia de trocar as lives pelas apresentações presenciais, estar perto dos artistas e reencontrar os amigos. A boa notícia é que o fim trata-se também de um começo. Elaine, Lilinho e Maicon Gomes se engajam em novos projetos e continuam a fomentar a cena cultural capixaba.

Prazer, Elaine Augusta!

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Em suas redes sociais, Elaine apresentou seu novo “nome de guerra”, que nada mais é do que seu próprio nome de batismo, Elaine Augusta, e que nessa nova etapa em sua carreira acaba sendo sua nova marca. Em um post no qual ela se apresenta e diz “Elaine Augusta, muito prazer!”, a sambista, que seguirá nos palcos, recorda que, na infância, já sonhava em ser artista. “Penso que a Elaine que sonhava em ser artista queria simplesmente ser feliz e fazer o que mais gostava. Elaine Augusta é essa criança que vem para dizer que o sonho hoje é realidade”, destaca.

Curiosidades

Elaine Augusta também diz no post que esse é o nome pelo qual era chamada na escola pelos professores, embora não gostasse. Mas as curiosidades não param por aí. Por diversas vezes, a artista, que já tem uma trajetória no teatro, afirmou não se sentir preparada para cantar, o que deixava as pessoas bem espantadas, já que seu talento musical passou a ser conhecido e também reconhecido. À coluna, Elaine Augusta confidenciou que sua insegurança era quanto a cantar sozinha. “Não tinha coragem para fazer meu canto ser ouvido por outras pessoas. Cantar no teatro era confortável para mim, pois tinha a personagem ali”, conta. Que bom para nós que perdeu o medo!

Novos e antigos projetos

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Lilinho acompanhará Elaine Augusta no violão e continua fazendo parte do Clube do Samba. Na ativa há cerca de 20 anos, o grupo se apresenta há 18, toda segunda-feira, no Clube de Pesca Mar e Terra, em Santo Antônio, Vitória. Além de Lilinho, é composto pelos intérpretes Petterson Oliveira e Johnatan, e pelos instrumentistas Magno Oliveira (banjo), Max (percussão), Sérgio (cavaquinho), Edilson (Tantã), Leo (percussão) e Vinícius (pandeiro).

Samba da Ury

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Maicon Gomes faz parte agora do Samba da Ury, também iniciado na Thelema, onde acontece nas primeiras quartas-feiras do mês, aberto ao público. A iniciativa conta, na voz e na trompa, com Ury Vieira, trompista da Orquestra Sinfônica do Espírito Santo. Faz parte do Samba da Ury também Gabriel Novaes, na percussão. Maicon também está com parceria com os cantores Edu Souza, com quem toca um repertório de MPB, forró pé de serra e folk; Lua Miranda, com forró e MPB; e Gessé Paixão, forró.

Pressão

O Grito da Cultura enviou e-mail para as prefeituras cobrando a realização das conferências municipais de cultura. Oito municípios confirmaram a realização. A de Viana, na Grande Vitória, preparada há tempos, será em 5 de agosto. A de Santa Leopoldina, na região serrana, em 8 de agosto. Uma Conferência Intermunicipal da Região dos Imigrantes reunirá os municípios de Santa Maria de Jetibá, Santa Leopoldina, Itarana, Itaguaçu e São Roque do Canaã, em 17 de agosto. Por último, a de Vila Velha, em 30 de agosto.

E as demais?

O Grito da Cultura já havia afirmado para a coluna que acreditava que após o fim do prazo para cadastro das prefeituras na Lei Paulo Gustavo, findado no último dia 11, os municípios talvez começassem a focar na realização das conferências, o que faz sentido. Agora é não somente aguardar para ver, mas também cobrar.

Assinatura

O Grito da Cultura informa que apenas 12 cidades capixabas ainda não assinaram o termo de adesão da Lei Paulo Gustavo: Águia Branca, Alto Rio Novo, Apiacá, Barra de São Francisco, Boa Esperança, Divino São Lourenço, Irupi, Mantenópolis, Pinheiros, Presidente Kennedy, Rio Novo do Sul e Vila Valério. O prazo é até a próxima quarta-feira (26).

Encontro de Formação

A Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa realizará seu 1° Encontro de Formação em Cultura, no dia 4 de agosto. As inscrições estão abertas, com foco em agentes culturais, representantes do terceiro setor, gestores públicos municipais e empresas ligadas à área cultural, podendo ser feitas até 31 de julho, neste link. O encontro vai durar o dia todo e contará com palestras, principalmente sobre as leis federais e estaduais de incentivo e fomento à cultura, entre elas a Lei Paulo Gustavo e a Lei Aldir Blanc 2. Também serão abordados os mecanismos de acesso ao Fundo de Cultura do Estado (Funcultura) e a captação de recursos privados para a execução de projetos.

Encontro de Gestores

Outro evento da área que será realizado em Vitória é o I Encontro Nacional de Gestores da Cultura, em 14 e 15 de agosto, na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), campus de Goiabeiras. Será a primeira vez, após a pandemia da Covid-19, que gestores municipais, estaduais e federais de cultura, seus fóruns e suas entidades representativas se encontrarão presencialmente para discutir suas pautas.

Remendo

Luara Monteiro

O curta-metragem Remendo, de Roger Ghil, foi selecionado para a 51ª edição do Festival de Cinema de Gramado, no Rio Grande do Sul. O filme será exibido no dia 15 de agosto, dentro da Mostra Competitiva de Curtas Metragens Brasileiros – cuja curadoria ressaltou a diversidade e originalidade da produção como critérios que motivaram a seleção. Sua narrativa apresenta fragmentos do cotidiano de Zé, personagem interpretado por Elídio Netto, um homem negro de meia idade que se dedica a consertar e remendar objetos e eletrodomésticos enquanto descobre que, na verdade, tenta remendar a si mesmo.

Até a próxima coluna!

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