Candidatos têm propostas superficiais para a juventude
A corrida eleitoral chega ao fim neste domingo (7) em grande parte do Estado e os candidatos a prefeito já apresentaram as propostas para as diversas áreas que abrangem a administração municipal. As políticas para a juventude, no entanto, foram discutidas superficialmente e com propostas que reproduzem aquelas que caem no senso comum.
Nos debates ocorridos na Grande Vitória, em temas que incluíam as políticas públicas para a juventude não de discutiu inserção dos jovens para a construção dessas políticas. O que se viu foram propostas que contemplam o combate às drogas e as ofertas de cursos técnicos, como se fosse essa toda a demanda da juventude.
Em Vitória, que tem o candidato a prefeito mais jovem dentre as capitais do País, Gustavo De Biase (Psol) a pauta se repetiu. O candidato propôs a inclusão da juventude na construção de políticas públicas de promoção da dignidade e, por vezes, foi considerado ingênuo ou “muito jovem” pelos outros candidatos no pleito.
A construção de políticas públicas para a juventude vai além do combate às drogas e da oferta de cursos técnicos para a inclusão desta parcela da população no mercado de trabalho. Ela passa também pelo fortalecimento da atenção primária à saúde e da educação de base, ambas de responsabilidade das prefeituras. A criação de espaços de convivência e lazer é outra forma de incluir e valorizar a juventude.
Consta do Pacto Contra o Extermínio da Juventude, assinado pela maioria dos candidatos da Grande Vitória ainda no início da campanha eleitoral, a criação ou fortalecimento do órgão municipal de articulação e execução de políticas públicas de juventude, com destinação de orçamento próprio e estrutura administrativa compatível com os desafios apresentados; criação ou fortalecimento do Conselho Municipal de Juventude; Plano Municipal de Políticas Públicas de Juventude, e instituição de uma Política de Enfrentamento à Letalidade Infanto-juvenil, de modo a articular as diversas áreas e instituições com intuito de reduzir os números de homicídios que recaem sobre o segmento.
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