Estado lança Plano Estadual de Políticas para as Mulheres

Nessa quarta-feira (10), Dia Internacional dos Direitos Humanos, militantes do movimento de mulheres e representantes do poder público se reuniram pala o lançamento do Plano Estadual de Políticas para as Mulheres do Espírito Santo. No plano estão as diretrizes para o enfrentamento das desigualdades de gênero e violências sofridas contra a mulher. 

 

O documento foi construído pelo Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Mulher (Cedimes) em parceria com a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos. Segundo Edna Martins, presidente do Cedimes, a elaboração do plano contou com a participação de mais de quatro mil mulheres capixabas, que participaram da 3º Conferencia de Políticas Públicas para as Mulheres, em 2011, onde o plano começou a ser debatido. 

 

Edna destaca que o objetivo do plano é auxiliar os gestores que efetivamente contribuam para a melhoria da vida das mulheres: “Existem políticas públicas para as mulheres, mas os gestores insistem em tratar todas as mulheres como iguais. Universalizar não é igualar. As políticas públicas precisam ser feitas pensando as particularidades de cada mulher e suas necessidades”.

 

Segundo ela, é uma ferramenta de gestão, com 264 ações divididas em seis eixos. "Indicamos os gestores responsáveis, resultados esperados e parceiros que podem colaborar com a ação”, explica Edna. Dentre os principais temas abordados pelo plano estão a autonomia econômica da mulher, os direitos sexuais e reprodutivos, o enfrentamento à violência contra a mulher, ao racismo, ao sexismo, à lesbofobia e à transfobia. “É um plano modesto e bem democrático. Ele trata de questões que são amplamente discutidas pela sociedade, mas que, infelizmente, ainda não são realidade no nosso Estado”, afirma Edna.  

 

Na cerimônia de lançamento, o documento foi entregue ao governador Renato Casagrande (PSB), mas a presidente do Cedimes afirma que o mesmo trabalho será feito com o governador eleito Paulo Hartung (PMDB). “Esperamos que o governador eleito também se comprometa com o plano”, completa Edna.