Sexta, 19 Abril 2024

Grupo armado rende agentes para libertar adolescente do Xuri

 

De acordo com denúncia do Sindicato dos Servidores e Trabalhadores no Atendimento Socioeducativo do Estado (Sinases), três agentes socioeducativos e um motorista da Unidade Metropolitana (Unimetro), no Xuri, Vila Velha, que levavam quatro adolescentes para uma atividade no Centro de Referência de Assistência Social (Cras), em Jucutuquara, Vitória, foram abordados na tarde dessa segunda-feira (11) por homens fortemente armados que ocupavam um veículo e duas motos. 
 
Os agentes, segundo o Sinases, foram abordados quando se aproximavam do portão do Cras. Após interceptarem a Kombi, os homens exigiram a libertação de apenas um dos quatro adolescentes. Eles resgataram o jovem e algemaram os agentes, que ficaram presos dentro do veículo à espera do socorro. 
 
Segundo o sindicato, não houve feridos, mas os agentes ficaram abalados com a violência da ação. Os agentes teriam ficado sob a mira das armas dos bandidos. 
 
O presidente do Sinases, Bruno Menelli Dalpiero, afirma que as saídas externas são realizadas com freqüência, sempre sem qualquer esquema de segurança, o que põe em risco a vida dos agentes e dos próprios adolescentes. Ele adverte que muitas vezes os adolescentes levados para atividades externas são perigosos. 
 
Outro agente, que preferiu não se identificar, disse que as saídas externas são sempre muito arriscadas. Ele disse que ontem (11), mesmo após o incidente, à noite outra viatura saiu do Xuri com destino ao Cras Jucutuquara. “Na emboscada de ontem [11] os bandidos queriam libertar o adolescente, mas eles poderiam ter enquadrado os agentes para matar o interno. Poderia ter acontecido uma tragédia se esses homens chegassem atirando para executar um dos jovens”. 
 
O vice-presidente do sindicato reconhece que as atividades externas são importantes para o processo de ressocialização, mas elas não podem pôr em risco vidas. Dalpiero ressalta que muitos desses jovens deixaram pendências na rua e essa “dívida” pode ser cobrada a qualquer momento. “Hoje levar esses jovens para as atividades externas, sem qualquer medida de segurança, é uma operação de alto risco para todos: agentes, adolescentes e para a própria população. Queremos uma solução para o problema. São vidas que estão em jogo”, alerta. 

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