Domingo, 05 Mai 2024

Pais de alunos questionam exoneração de diretora de CMEI de Vitória

juliana_roshner_2_seme_vitoria Seme/Vitória

Pais de alunos do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Luiza Pereira Muniz Corrêa, no bairro Mário Cypreste, em Vitória, reagiram à exoneração da diretora Fátima Luzia Sezana, efetivada nessa segunda-feira (6), primeiro dia do ano letivo de 2023. Eles afirmam que não foram avisados da decisão, que apontam como irregular, e que ao questionarem a Secretaria Municipal de Educação (Seme), as respostas foram "desencontradas" e sem entrar em detalhes sobre as motivações para o ato.

A autônoma Monalisa Souza Rocha, mãe de estudante do CMEI e integrante do Conselho de Escola, informa que a exoneração deveria ser feita somente por meio de solicitação da Seme para o Conselho, mediante situações de má gestão de recursos públicos ou prejuízo do processo ensino-aprendizagem, conforme consta na Resolução 02/2017, do Conselho Municipal de Educação de Vitória (Comev).

Entretanto, relata, esse procedimento não foi feito e os pais souberam da exoneração somente no primeiro dia de aula. De acordo com Monalisa, ao comparecem à escola, os pais foram informados por representantes da Seme de que a diretora não estava lá porque tinha ido a uma reunião. Entretanto, às 18h do mesmo dia, Fátima enviou mensagem para a comunidade escolar para avisar de sua exoneração e se despedir.

Monalisa destaca que a diretora foi eleita pelos pais, uma vez que os votos dos professores se dividiram entre as duas então candidatas, já os dos pais foram maciçamente para Fátima. O argumento da Seme, relata, foi de que a diretora deixou um "rombo" de cerca de R$ 80 mil. Entretanto, segundo Monalisa, havia uma verba disponibilizada para a escola e que foi utilizada para a reforma, com rampa, piso antiderrapante e outras iniciativas de acessibilidade para pessoas com deficiência.

Ela defende que, se há verba, tem que ser usada, e afirma que a gestão municipal gosta de diretor que "senta e assina documento". Depois, foi dada uma nova justificativa, de que a diretora não tem perfil para escola de tempo integral.

O CMEI passou a atender de maneira integral este ano, segundo Monalisa a pedido dos pais e com apoio da diretora, que acolheu essa reivindicação. A autônoma avalia a gestão da diretora como "perfeita" e declara que a gestora nunca teve problemas com os pais de aluno.

Monalisa diz ainda que foi questionado para a Seme o porquê de o vice não ter assumido. A resposta, afirma, foi de que "pode ser qualquer pessoa, mesmo que de bem longe". "Não é assim, tem que conhecer as necessidades da comunidade", contesta.

O Conselho de Escola se reuniu nessa sexta-feira e elaborou um documento no qual reivindica o retorno da diretora, que, foi substituída por um interino. O documento foi entregue para a Seme e uma reunião entre o Conselho e a pasta está marcada para esta segunda-feira (13).

Veja mais notícias sobre Educação.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Domingo, 05 Mai 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.seculodiario.com.br/