Segunda, 13 Mai 2024

Acusados da morte do sindicalista João Nato vão a júri popular

 

Mais de 15 anos depois do crime, os acusados pelo assassinato do sindicalista João Nato Juliana vão a júri popular. O julgamento do coronel da reserva da Polícia Militar Walter Gomes Ferreira, do cabo da PM Manoel Prado Neto, conhecido como “cabo Prado”, e de Orceni Vieira Costa será realizado na segunda-feira (19), às 8h30, no Fórum de Cariacica. O júri deve durar pelo menos dois dias.

 
Três promotores de Justiça do Grupo Especial de Trabalho em Persecução Penal dos Crimes Dolosos Contra a Vida e de Auxílio aos Promotores de Justiça das Varas Criminais do Tribunal do Júri (GETPEJ), do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), vão atuar no caso, em um processo que conta com trinta volumes. O crime, praticado em 06 de junho de 1997 no bairro São Geraldo, em Cariacica, teria sido encomendado pelo Coronel Ferreira.

 
Segundo a denúncia feita pelo MPES, João Nato, que na época tinha acabado de assumir a presidência do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários (Sindrodoviários), teria se negado a dar continuidade a um  pagamento feito ao coronel da Polícia Militar, cobrado em troca de serviços de segurança indicados por ele. De acordo com as provas arroladas no inquérito policial, o “cabo Prado” teria atuado como motorista dos executores Orceni e José Luiz Generoso, vulgo “titio”. Os criminosos teriam utilizado um carro roubado, cedido por Renato Garcia Ferreira, que exercia a função de segurança do sindicalista.

 
“Titio” foi assassinado a tiros em 13 de agosto de 1997, na estrada que liga Santa Leopoldina a Cariacica. Renato foi morto, também a tiros, em 29 de junho de 2004, no bairro Boa Sorte, em Cariacica.

 
Os réus foram indiciados por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e com utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima. João Nato foi morto com quatro tiros na cabeça, dentro do carro dele, no momento em que chegava em casa. As investigações dão conta que o sindicalista já sofrera um atentado, quatro meses antes de ser morto.

Veja mais notícias sobre Justiça.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Terça, 14 Mai 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.seculodiario.com.br/