Domingo, 19 Mai 2024

Após prisão, Norma Ayub ganha cargo de assessora no governo

Após prisão, Norma Ayub ganha cargo de assessora no governo

Menos de cinco meses após ser presa durante a Operação Derrama por suspeita de fraudes tributárias, a ex-prefeita de Itapemirim (litoral sul do Estado), Norma Ayub Alves (DEM), vai ocupar um cargo de assessora técnica na Secretaria da Casa Civil. O ato de nomeação, assinado pelo governador Renato Casagrande, foi publicado na edição desta quinta-feira (9) do Diário Oficial do Estado.



A ex-prefeita continua sendo investigada pela suposta participação na contratação irregular da empresa de consultoria CMS, que teria sido responsável pelo fraudes na recuperação de créditos tributários. Norma Ayub, mulher do presidente da Assembleia Legislativa, Theodorico Ferraço (DEM), é acusada de manter contratos com a empresa durante a sua gestão, encerrada no final do ano passado.



Durante a operação policial, Norma Ayub chegou a ficar uma semana presa, em janeiro deste ano, juntamente com outros sete ex-prefeitos que estavam sendo investigados. No entanto, a demista foi solta após manifestação do procurador-geral de Justiça, Eder Pontes da Silva, que determinou o arquivamento das investigações contra prefeitos e deputados – entre eles, o próprio Ferraço – que têm foro privilegiado.



Na ocasião, o relaxamento da prisão de Norma foi alvo de discussão nos meios políticos e jurídicos, uma vez que ela foi a única entre os ex-prefeitos presos a serem soltos naquela altura. Os demais agentes políticos envolvidos só foram libertados após mais de um mês de prisão. Fato que teria indicado um tratamento diferenciado à mulher de Ferraço, que chegou a ser investigado pela Polícia Civil, mas acabou sendo blindado na Justiça.



Apesar da nomeação no governo estadual, a ex-prefeita continuará a ser alvo de investigações na Justiça. O nome da Norma Ayub figura ao lado de outras 30 pessoas investigadas entre ex-prefeitos, ex-secretários, funcionários públicos e empresários.



No último dia 14 de março, o Pleno do Tribunal de Justiça do Estado (TJES) homologou o pedido de arquivamento feito por Eder Pontes. A descida dos autos do inquérito policial para a Vara da Central de Inquéritos da Capital depende apenas do processamento dos recursos da defesa dos investigados, ainda sem prazo de conclusão.

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