Quarta, 15 Mai 2024

Empresário nega ligação com empresa laranja da Delta no Espírito Santo

 

Depois da revelação na CPI do Cachoeira do esquema de lavagem de dinheiro através da Garra Transportadora, o empresário Cláudio Farina Lopes, dono do Grupo Fibra/Garra, negou qualquer relação com a empresa que recebeu mais de R$ 26 milhões da Delta Construções no Espírito Santo. Apesar do nome semelhante, ele negou qualquer envolvimento com a empresa sob suspeita.  



“Nosso grupo possui apenas três empresas: Fibra Serviços, Garra Vigilância e Garra Comércio. Todas com CNPJ diferentes e sediadas em locais diferentes no bairro de Fátima, na Serra. Nego qualquer envolvimento com essa Garra Transportadora. A única semelhança é o primeiro nome, como também existem outras várias empresas que utilizam o nome Garra, mas não tem nenhuma relação com nosso negócio”, declarou. 



Cláudio Farina citou como exemplo um Centro de Formação de Condutores homônimo, que fica localizado na Capital. “Não posso ser considerado dono de qualquer empresa com nome iniciado por Garra”, afirmou. O empresário afirmou que soube da existência da empresa que foi utilizada pela empreiteira carioca após a reportagem publicada pelo jornal Século Diário: “Fiquei surpreso quando fui ler a matéria”. 



Segundo o empresário, as três empresas do grupo Fibra/Garra atendem a cerca de 220 clientes em todo Estado nos serviços de limpeza, conservação, fornecimento de mão-de-obra e segurança patrimonial. “A empresa tem mais de 17 anos no mercado. Há dez ou 12 anos que optamos por trabalhar apenas com a iniciativa privada, mesmo com margens reduzidas”, justificou. 



Empresa de fachada  



Durante as investigações da CPI do Cachoeira, a quebra do sigilo da Delta Construções revelou a existência de empresas fantasmas que receberam uma grande movimentação financeira oriunda da empreiteira. Em um grupo de 117 empresas suspeitas, a Garra Transportadora foi a terceiro negócio que mais registrou movimentações financeiras oriundas da empreiteira carioca. 



Nos anos de 2011 e 2012, a empresa de fechada – constituída no dia 25 de outubro de 2010 com sede fictícia em Viana e no nome de dois laranjas – recebeu um total de R$ 23.507.076,06. O valor representa quase 25% das atividades financeiras da Delta com as empresas suspeitas no período. Na versão sob apreciação do relatório final da CPI, o relator dos trabalhos, deputado Odair Cunha (PT-MG), pede o aprofundamento das investigações sobre o destino do dinheiro enviado às empresas consideradas suspeitas.

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