Gilsinho insiste em exigir explicações sobre posto fiscal em Mimoso do Sul
O deputado estadual Gilsinho Lopes (PR) voltou a cobrar, na sessão desta terça-feira (13), a tomada de providências pelos órgãos de fiscalização sobre a denúncia de fraudes nas obras do posto fiscal São José do Carmo, em Mimoso do Sul (sul do Estado). Foram gastos cerca de R$ 25 milhões nas obras, autorizadas no governo passado, mas que não saíram sequer do papel.
Durante a leitura do expediente, o republicano pediu à palavra e solicitou que a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa notificasse o Ministério Público Estadual (MPES) sobre as providencias adotadas em relação ao caso. O presidente em exercício da Casa, deputado Roberto Carlos (PT), primeiro secretário, solicitou que a Secretaria-Geral da Mesa remetesse a comunicação ao órgão ministerial.
De acordo com Gilsinho, os deputados estaduais não receberam qualquer manifestação, até o momento, sobre a apuração das irregularidades, que vieram a público no mês de setembro após reportagem publicada no jornal A Tribuna. Na época, o republicano anunciou a intenção de pedir a convocação do ex-secretário da Fazenda José Teófilo de Oliveira, para prestar esclarecimentos sobre os gastos, porém, o deputado recuou pela impossibilidade de convocar um ex-membro fora do governo.
As obras foram iniciadas em setembro de 2005 sob a justificativa da construção do mais avançado posto fiscal do Estado. No entanto, foram abandonadas posteriormente sob alegação de inviabilidade do projeto. Mesmo depois do anúncio de paralisação, o governo estadual chegou a realizar uma licitação para a conclusão das obras. Foram gastos com desapropriações e obras – tocadas pela empreiteira Araribóia – cerca de R$ 24,9 milhões.
Atualmente, o ex-secretário da Fazenda é sócio do ex-governador Paulo Hartung (PMDB) no escritório de negócios Ecónos – Economia Aplicada aos Negócios. Em abril deste ano, o nome da empresa foi relacionado pelo presidente do Tribunal de Justiça do Estado (TJES), desembargador Pedro Valls Feu Rosa, na decisão sobre a Operação Lee Oswald. José Teófilo é acusado de participação na operação de compra e venda de terrenos para a Ferrous Resources, em Presidente Kennedy.
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