Milícias do Rio deram suporte à esquema de TV a cabo clandestina no sul do Estado

O Ministério Público Federal no Estado (MPF/ES) denunciou à Justiça uma quadrilha com 10 pessoas que atuava no esquema de transmissão clandestina de sinal de TV a cabo no município de Marataízes, no litoral sul capixaba. Durante as investigações, o órgão ministerial apurou que o grupo utilizado equipamentos adquiridos de milícias do estado do Rio de Janeiro. As fraudes teriam começado no ano de 2010. 

De acordo com informações do MPF/ES, o grupo era chefiado por Eliezer Ferreira do Nascimento, João Batista Monteiro e Wberlan Pereira Dias, donos da empresa Tecnet, que explorava clandestinamente a atividade para pelo menos 800 usuários de TV a cabo no município.

Segundo a denúncia, o esquema de transmissão clandestina de sinal de TV a cabo era similar ao do mercado, inclusive com a cobrança de mensalidade.

As investigações apontaram que a Tecnet também era responsável pela instalação e manutenção dos equipamentos. Para transmitir o sinal de TV aos clientes, os donos da Tecnet utilizavam três amplificadores de Rádio Frequência (RF), equipamento adquiridos das milícias fluminenses. 



Os três empresários vão responder por desenvolvimento clandestino de atividade de telecomunicação e por receptação de produto de crime. A pena para a prática de atividade clandestina de telecomunicação é de dois a quatro anos de detenção e multa. Já para a prática de receptação de produto de crime, a pena vai de três a oito anos de reclusão e multa.