Quinta, 02 Mai 2024

Campanha contra uso de agrotóxicos busca apoio para ações de conscientização

Campanha contra uso de agrotóxicos busca apoio para ações de conscientização
A "Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida" promove uma mobilização para arrecadar contribuições financeiras para a publicação de informativos destinados a escolas, universidades, postos de saúde e setores da sociedade civil organizada. A intenção é aproveitar o momento de grande mobilização popular para alertar a população sobre os males à saúde e ao meio ambiente gerados pelo uso de agrotóxicos.



Desde 2009, o Brasil é líder do ranking mundial de consumo de venenos, absorvendo 16% de toda a produção. Dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Agrícola apontam que, somente em 2010, mais de um milhão de toneladas (equivalente a mais de 1 bilhão de litros) de venenos foram consumidas no país. Segundo entidades que integram a campanha, isso representa que cada brasileiro consome, em média, 5,2 litros de agrotóxicos por ano. 



Apenas seis grandes empresas transnacionais controlam mais de 80% do dos venenos. São elas: Monsanto, Syngenta, Bayer, Dupont, DowAgrosciens e Basf. 
 
Em 2012, no Espírito Santo, um vazamento de agrotóxico qualificado como crime ambiental causou a morte de milhares de peixes e outros animais que se alimentavam deles. Na comunidade de São João Bosco, em Jaguaré, no norte do Estado, uma falha no equipamento de pulverização de um cafezal contaminou a água e o solo da região, afetando a qualidade do abastecimento em toda a cidade. O responsável pela tragédia foi o endolsulfan, veneno considerado altamente tóxico e banido em 45 países, que teve sua venda e uso proibidos a partir deste ano no país.
 
Municípios do norte e noroeste capixaba também sofrem com os impactos da pulverização área de venenos, denunciada há anos por movimentos sociais do campo. Valmir Noventa, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), que integra o comitê estadual da campanha, afirmou que grande parte do agrotóxico aplicado dessa forma não é absorvido pelas plantações, sendo levado pelos ventos a outras plantações e até mesmo cidades, podendo contaminar o ar, o solo e a água.
 
O militante afirmou, ainda, não existir forma segura de utilizar os agrotóxicos. "A única forma segura de se lidar com os agrotóxicos é parando de fazer o seu uso”, afirmou.
 
A organização da "Campanha Contra os Agrotóxicos e Pela Vida", iniciativa criada em 2011, acredita que o material gráfico produzido contribuirá para o fortalecimento da consciência social em relação ao uso abusivo de agrotóxicos e de sementes transgênicas.



O objetivo das entidades que a integram é combater o uso de agrotóxicos e a ação de suas empresas produtoras e comercializadoras, enfatizando as contradições geradas pelo modelo de produção imposto pelo agronegócio. Elas defendem uma produção limpa, com base na agroecologia e nas práticas camponesas de cultivo, proposta que está articulada com a necessidade de uma nova dinâmica de produção para o campo brasileiro, que priorize a sustentabilidade do meio ambiente e a produção de alimentos saudáveis para a população.
 
As doações serão aceitas, por meio de depósito ou transferência bancárias, até o próximo dia 30 de julho. Quem quiser se identificar, deve enviar o comprovante para o e-mail da campanha (). Após o fim da arrecadação, um documento de prestação de contas será enviado a todos os contribuintes que se identificarem.
 
 
Serviço
 
Dados bancários para as contribuições da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida
 
Banco do Brasil
Agência: 2901-7
Conta corrente: 33.153-8
Titular: Associação Nacional da Agricultura Camponesa – ANAC.

Veja mais notícias sobre Meio Ambiente.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Quinta, 02 Mai 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.seculodiario.com.br/