Terça, 14 Mai 2024

Falta de respostas e desrespeito no II Encontro de Municípios e Meio Ambiente

O grupo SOS Ambiental cobrou compromisso dos secretários de Meio Ambiente dos municípios e do Estado com a qualidade de vida dos cidadãos no II Encontro dos Municípios e Meio Ambiente do Espírito Santo.

 
Eraylton Moreschi Junior, representante da entidade, exigiu que os secretários municipais e estaduais cumpram a lei e o artigo 225 da Constituição Federal ("Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações”). O grupo requereu a redução de todas as doenças provocadas pela poluição do ar e a redução drástica do grau de insatisfação do morador da Grande Vitória com relação a isso.
 
Moreschi também levantou questionamentos sobre o fato de as empresas poluidoras cumprirem medidas de compensação ambiental que, na verdade, deveriam ser desempenhadas pelo Estado ou pelos municípios (como projetos de educação ambiental e de recuperação de cobertura vegetal) como forma de se esquivar do compromisso com os problemas ambientais e causados à saúde da população.
 
Outro questionamento foi a respeito da 8ª usina da Vale que, à espera da licença de operação, teria que reduzir suas emissões em 50% para recebê-la. 
 
A diretora técnica do Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema), Giuliana Calmon Faria, demonstrou desconhecimento sobre os casos apontados e pediu que o grupo os enviasse diretamente ao Iema que, segundo Moreschi, não responde às suas demandas.
 
Mesmo sem resposta, o SOS Ambiental garantiu que prosseguirá na luta para que a 8ª usina não seja liberada e para que não se sigam somente os padrões de poluição determinados pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). A entidade quer que  Estado tenha parâmetros locais para as emissões.
 
O encontro foi centrado no trabalho que os municípios desenvolvem para minimizar o impacto negativo das ações humanas no meio ambiente. Entretanto, foram feitas declarações desrespeitosas à luta ambientalista. Frases como “na vida, tudo se negocia” e referências a ativistas como “radicais e xiitas” foram proferidas abertamente por autoridades.

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