Sexta, 17 Mai 2024

Cesan confirma rumores e venda de parte da companhia fica mais próxima

Cesan confirma rumores e venda de parte da companhia fica mais próxima

O governo do Estado poderá, em breve, abrir mão de parte do controle acionário da Companhia Espírito-Santense de Saneamento (Cesan). A intenção que era tratada com um rumor do mercado se consolidou em recentes declarações de dirigentes da companhia. Nessa quarta-feira (13), o jornal Valor Econômico publicou uma reportagem com o interesse da Cesan e do governo – maior acionista da empresa – em integrar o FIP Saneamento, fundo de investimento criado em 2010 pela Caixa Econômica Federal para a aquisição de empresas estaduais de água e esgoto.



A informação vai ao encontro das informações que já circulavam no mercado sobre a possibilidade da venda de uma fatia da Cesan para a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). De acordo com a publicação, a empresa paulista entraria no negócio como um operador qualificado dentro do fundo de investimentos. Desta forma, a Caixa faria o aporte de dinheiro pelo FIP Saneamento, enquanto a Sabesp atuaria como parceira do banco na gestão da Cesan, além de também aplicar recursos próprios na companhia capixaba.



Das três partes envolvidas possivelmente no negócio, somente a Cesan admitiu o interesse na operação, que ampliaria o fluxo de caixa da companhia para investimentos – que hoje está limitado pelo comprometimento da margem do endividamento da empresa. A Sabesp preferiu não se manifestar, enquanto a Caixa alegou que estuda “diversas oportunidades”, mas não está autorizada a se pronunciar sobre operações não concluídas, o que reforça a tese de que a possibilidade de venda da Cesan caminha a largos passos.



O FIP Saneamento faz parte do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FI-FGTS) e dispõe de R$ 500 milhões para o aporte em empresas estaduais do setor. Segundo o Valor, até o momento, a única vez que o fundo foi acionado ocorreu na Companhia de Saneamento do Tocantins (Saneatins), onde a operadora qualificada foi a Foz do Brasil, do grupo Odebrecht. Neste caso, chama a atenção a expertise do atual presidente da Cesan, Paulo Ruy Valim Carnelli, em negociações do gênero.



No período em que ficou afastado do governo estadual, Paulo Ruy atuou como consultor da mesma empresa do grupo Odebrecht. Na época da nomeação, o governo justificou a recondução do engenheiro, que teve duas passagens pelo comando da Cesan (2003/2008 e 2009/2011), pela experiência no setor. Possivelmente, em alusão à proximidade de Paulo Ruy com negócios deste tipo. Não há ainda uma data estipulada para que seja batido o martelo sobre o negócio, contudo, os meios políticos vêm uma solução próxima. Circulou no mercado a informação de que os dirigentes da Cesan, Sabesp e da Caixa teriam se reunido esta semana para tratar o assunto.

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