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Com Helder fora da disputa em Cariacica, PT perde sua única chance real de conquistar uma prefeitura importante no ES

Em fevereiro, na mais recente entrevista a Século Diário, o deputado federal Helder Salomão (PT) preferiu manter mistério sobre a hipótese de disputar a eleição para prefeito de Cariacica este ano. Ele disse, à ocasião, que sua única certeza era de que o PT teria candidato na disputa. Neste sábado (11), durante reunião do partido, Helder acabou com o suspense e anunciou oficialmente sua decisão: não será candidato a prefeito de Cariacica nas eleições deste ano. 
 
Essa decisão era esperada pelos meios político. Depois da entrevista, as sinalizações do ex-prefeito o afastavam cada vez mais de um eventual terceiro mandato. De outro lado, porém, aumentava a pressão do partido sobre o petista. O PT sabia que a candidatura de Helder era a única chance real da legenda de conquistar uma prefeitura importante no Estado. 
 
O PT, que governou por dois mandatos consecutivos Cachoeiro de Itapemirim e Colatina, dá adeus às duas prefeituras com chances remotas de eleger prefeitos nessas duas importantes cidades. Na Grande Vitória, o partido deve lançar o também deputado federal Givaldo Vieira em Serra. O petista está longe de estar entre os favoritos na disputa. Em Vitória, apesar dos dois mandatos de João Coser, o PT também não tem candidato competitivo. O mesmo ocorre em Vila Velha. A última esperança do PT repousava na candidatura de Helder, que agora também foi descartada. 
 
Preocupado em justificar sua decisão, Helder postou uma carta nas redes sociais para explicar aos cariaciquenses por que não irá disputar a eleição de outubro. 
 
Depois de recordar toda a sua trajetória política, ele destacou suas duas gestões à frente da prefeitura. “Durante os oito anos em que estive à frente da prefeitura, fizemos as mais importantes transformações já vividas pela cidade em todos os tempos. Devolvemos ao cariaciquense o orgulho de morar, viver e trabalhar aqui”. Mais adiante, acrescentou: “Por causa dessas e de outras tantas ações, que elevaram a autoestima das pessoas, acredito que o nosso governo foi um marco para a cidade de Cariacica, um divisor de águas”. 
 
O petista reconheceu que esse retrospecto positivo foi determinante para elegê-lo deputado federal em 2014. Em seguida, para justificar sua decisão, ele aproveitou para destacar a importância de Cariacica, depois de 24 anos, ter um representante da Câmara dos Deputados. Ele transformou a importância do seu mandato em números. “Em apenas um ano já destinei R$ 10 milhões para a execução de obras e serviços para os moradores e mais R$ 13 milhões para a construção do Hospital Geral de Cariacica”.
 
Helder admitiu que sua decisão foi muito difícil. Disse que chegou a ficar angustiado e pediu orientação a Deus para tomar a decisão mais sábia. 
 
O deputado não deu pistas sobre quem pretende apoiar. Antes de anunciar a decisão, Helder afirmava que, caso não disputasse, apoiaria um candidato do PT. Depois da decepção de tentar eleger a então deputada estadual Lúcia Dornellas nas eleições de 2012, o que se comenta no PT é que o nome preferido de Helder é Célia Tavares. 
 
A ex-secretária de Educação de Helder chegou a disputar internamente com Lúcia Dornellas o posto de candidata a prefeita em 2012. Preterida, Célia compôs chapa como vice de Roberto Carlos nas eleições de 2014. 

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