Com restrição à Rede, MD se torna saída para os insatisfeitos
Apesar das movimentações da ex-senadora Marina Silva em Brasília, tentando convencer os ex-colegas de Casa a não aceitarem a restrição de tempo de TV e fundo partidário às novas siglas, a tendência é de que a Rede tenha dificuldades em conseguir viabilizar seu palanque para 2014 com o mesmo espaço das demais siglas. Assim, para quem está insatisfeito e quer evitar qualquer problema futuro referente à fidelidade partidária, a Mobilização Democrática (MD) parece uma alternativa mais viável para a disputa eleitoral do próximo ano.
No cenário capixaba para a eleição 2014, a MD é uma sigla bastante atraente, já que além da segurança de que seus filiados terão com o tempo de TV e o fundo partidário, o partido tem o prefeito da Capital, segunda maior vitrine eleitoral. Além de Luciano Rezende em Vitória, o partido também conquistou a prefeitura de Cariacica, com Geraldo Luzia, o Juninho.
O desempenho eleitoral dos dois prefeitos transforma-os em importantes eleitores para a próxima disputa. Resta saber se o presidente do partido, Luciano Rezende, vai abrir as portas da MD para todos os insatisfeitos.
O número é grande e pode fortalecer o partido, mas a entrada indiscriminada de lideranças pode, também, primeiro atrair lideranças que tragam mais prejuízo do que fortalecimento político , e dificultar a composição de alianças dependendo do peso dos quadros que o partido agregar.
Um exemplo dessa corrida aconteceu em 2011, quando Renato Casagrande assumiu o governo. O PSB sempre foi um partido de médio porte no Estado, mas com a conquista do governo, um grande contingente de prefeitos e lideranças do interior buscou abrigo na sigla de Casagrande. O partido, porém, manteve o rigor nas filiações e não se inflou de novos quadros, o que facilitou o processo de alianças para a disputa do ano passado.
A configuração nacional também pode influenciar na acomodação das lideranças do Estado. O partido que se afasta do presidenciável tucano, senador Aécio Neves, e se aproxima do ex-governador de São Paulo José Serra, pode seguir um caminho diferente na disputa do próximo ano. Ainda em nome do PPS, o prefeito de Vitória havia antecipado o apoio à reeleição do governador Renato Casagrande, mas pode sofrer influência do cenário nacional de disputa.
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