Terça, 30 Abril 2024

Deputados denunciam 'cortina de fumaça' para manter cobrança do pedágio

Deputados denunciam 'cortina de fumaça' para manter cobrança do pedágio
Sem quórum para votações, a sessão desta terça-feira (9) na Assembleia Legislativa ficou por conta das reclamações dos deputados favoráveis ao projeto que põe fim à cobrança do pedágio da Terceira Ponte. Os deputados favoráveis à "cancela-livre" criticaram o esvaziamento do plenário. Para Euclério Sampaio (PDT), autor do projeto, as justificativas são uma “cortina de fumaça” para disfarçar uma manobra palaciana para derrubar a matéria. Os deputados se revezaram na tribuna da Casa para criticar a reunião de 15 parlamentares em um hotel de Vitória na tarde desta segunda-feira (8).  
 
Desse encontro, saiu uma carta, já encaminhada à Mesa Diretora, na qual esses 15 parlamentares avisam que não retornarão à Casa enquanto o legislativo não for desocupado. De outro lado, os apoiadores do projeto acreditam que a matéria será votada na manhã desta quarta-feira (10), como está previsto no acordo firmado entre os deputados e os manifestantes.
 
Se os deputados cobraram a presença dos colegas para a sessão da manhã desta quarta, os manifestantes tentarão reforçar a movimentação para garantir que o projeto seja votado. Os ocupantes estão convidando todos os parlamentares para um encontro às 8 horas desta quarta. O intuito do encontro é conhecer melhor a posição de cada deputado. 
 
Mesmo com o anúncio de uma liminar da Justiça determinando a redução da cobrança da tarifa do pedágio, deputados e manifestantes apoiadores do projeto permanecem firmes. Para o deputado Euclério Sampaio (PDT), autor da matéria, a decisão da Justiça reforça a necessidade de se aprovar o projeto. 
 
Na discussão sobre a segurança da Casa, levantada pelo grupo dos 15 deputados que condicionam a retomada das atividades à desocupação, o segundo secretário da Mesa Diretora, deputado Roberto Carlos (PT), destacou o clima de tranquilidade na Assembleia para deputados, servidores e manifestantes. O petista destacou também que no antigo prédio da Assembleia, na Cidade Alta, sequer existiam vidros entre o plenário  e o público. 
 
Ele foi acompanhado por outros parlamentares que consideraram o prédio seguro para dar andamento às atividades parlamentares.
 
A expectativa agora fica por conta do cumprimento da parte dos deputados da Mesa Diretora do acordo firmando com os manifestantes, que desocuparam a presidência da Casa, no último dia 5, e se mudaram para o restaurante da Assembleia. O acordo garantiria que o projeto de Euclério retornaria à pauta de votação da sessão desta quarta-feira (10), quando expira o prazo do deputado Gildevan Fernandes (PV), que pediu vista da matéria na histórica sessão do último dia 2. 

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