Deputados oscilam sobre assinaturas da CPI do ???posto fantasma???
A pressão para que a CPI do “posto fantasma” não saia na Assembleia Legislativa está se intensificando tanto sobre os deputados que assinaram o requerimento quanto os que não assinaram. O idealizador da comissão, deputado Gilsinho Lopes (PR), busca convencer os colegas de plenário para conseguir o mínimo de 10 nomes, mas já houve baixas na lista inicial.
Por meio de notas na imprensa, o deputado Jamir Malini (PTN) pediu sua retirada do grupo. Já a deputada Aparecida Denadai (PDT), que não tinha assinado o documento, também se manifestou reiterando que não vai assinar o documento.
Hoje o requerimento teria oito assinaturas, faltando apenas duas que o requerimento possa ser protocolado na Casa. O objetivo da CPI é averiguar a denúncia de evasão de recursos públicos na obra de construção de um posto fiscal em Mimoso do Sul.
Apesar de o governo passado ter gastado R$ 25 milhões para a construção, a obra não passou da fase de terraplanagem. O posto foi extinto em 2009. A denúncia foi feita pelo Ministério Público e envolve o ex-governador Paulo Hartung.
Para os meios políticos, a pressão para que a CPI não saia do papel vem do Palácio Anchieta. O governador Renato Casagrande tem interesse em proteger politicamente seu antecessor. Como Hartung não tem mais o mesmo controle sobre a Assembleia, o governador faz a pressão para que os deputados não investiguem o ex-governador.
Essa proteção excessiva para alguns observadores pode prejudicar a imagem do próprio Casagrande. Isso porque se no campo judiciário as investigações se aprofundarem, a blindagem na Assembleia não vai adiantar e além do desgaste para o Palácio Anchieta, o próprio Legislativo ter perda de prestígio político.
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