Derrota de Rose na disputa à presidência da Câmara poderá ter reflexos em 2014
A derrota da deputada federal Rose de Freitas (PMDB) na disputa à presidência da Câmara dos Deputados deve ter reflexos políticos não só em Brasília, mas também no cenário de 2014 no Espírito Santo. A deputada saiu desgastada da disputa com o governo federal, que desde o início apoiava a candidatura de Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) para a presidência da Casa.
Rose, que sempre teve um bom trânsito com o governo federal, pode ter dificuldades a partir de agora. Dentro do PMDB, a situação também não ficou boa para a deputada. Ela questionou a escolha de Alves como o candidato oficial do partido e disse não ter havido disputa interna para a candidatura.
O fato de os dois deputados do PMDB na bancada capixaba – Lelo Coimbra e Camilo Cola – terem votado em Henrique Eduardo Alves também mostra como o clima no PMDB do Espírito Santo ficará pesado para que a deputada se credencie para 2014.
No sexto mandato consecutivo na Câmara dos Deputados, onde está desde 1986, Rose de Freitas foi a primeira mulher a ocupar o cargo de vice-presidente da Câmara. Em 2014, a deputada estaria aventando a disputa ao Senado. Mas diante do resultado da eleição da Câmara em que obteve apenas 47 dos 497 votos do plenário, ela perdeu musculatura e consequentemente poder de articulação.
No Estado, a situação de Rose também não boa. Durante os dois mandatos do ex-governador Paulo Hartung, seu desafeto político, a deputada teve dificuldades em conseguir espaço político. Sobreviveu graças ao grande número de prefeitos que se elegeram com sua ajuda e se tornaram aliados. Mas na eleição de outubro passado, dos mais de 40 prefeitos que tinha em seu leque de apoio, Rose conseguiu a vitória de apenas 16. Depois do pleito ela ampliou esse número, mas não o suficiente para lhe garantir uma sustentação política que garantisse sua candidatura ao Senado no próximo ano.
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