Sábado, 04 Mai 2024

Disputa eleitoral desune bancada capixaba e prejudica o Estado

Disputa eleitoral desune bancada capixaba e prejudica o Estado

Segundo nota publicada no jornal A Tribuna, desta terça-feira (28), a bancada capixaba é dividida em três grupos. O que chama a atenção é que o Estado tem uma bancada muito pequena, com 13 membros, por isso, a divisão cria uma instabilidade muito grande, que compromete a representação do Estado.



A divisão interna está ligada às lideranças que disputam o poder no Estado. Cada senador estaria em um grupo: Ana Rita (PT) nos apoiadores do governador Renato Casagrande, que contaria com os deputados Iriny Lopes (PT), Paulo Foletto (PSB) e Rose de Freitas (PMDB).



O senador Ricardo Ferraço (PMDB) é do grupo dos apoiadores do ex-governador Paulo Hartung, onde também estão os dois deputados peemedebistas Lelo Coimbra e Camilo Cola.



Magno Malta (PR) lidera o próprio grupo, que conta com a deputada Lauriete e provavelmente com dois pedetistas: Sueli Vidigal e Jorge Silva. Manato (de saída do PDT) e Cesar Colnago (PSDB) circulam por fora dos grupos.



A divisão interna é assim, movida pela disputa eleitoral do próximo ano. Os senadores, por exemplo, buscam viabilizar seus papeis na disputa. Ricardo Ferraço em busca de visibilidade para se credenciar na corrida ao Palácio Achieta; Magno Malta insinuando disputar o governo do Estado; e Ana Rita tentando vencer uma disputa interna no PT para ter o direito de disputar a reeleição para o cargo que ocupa.



Os deputados convivem com o fantasma da diminuição de uma vaga. A profusão de lideranças políticas com capital eleitoral e sem mandato, de olho na proporcional do ano que vem, e a divisão da disputa majoritária em possivelmente três palanques os assombram.



Com tanta tensão interna e preocupação com o cenário de eleição de 2014, os parlamentares acabam derrapando na atividade legislativa. O exemplo mais recente foi o esperneio da bancada capixaba em relação à cobrança do pedágio na BR-262 no trecho que liga o Espírito Santo a Minas Gerais.



Depois de publicado o edital para a ampliação da BR e com a reclamação vinda da população é que os deputados e senadores perceberam o tamanho do problema. Foi só na última segunda-feira (19) que os parlamentares procuraram tomar conhecimento do caso.



Só então procuraram a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann para discutir o assunto. Diante da negativa do governo, com a alegação de que uma mudança no edital atrasaria as obras, os parlamentares sacaram o discurso da discriminação do governo federal com o Estado.



O edital, porém, foi publicado no dia 31 de julho. Ou seja, a movimentação dos parlamentares deveria ter acontecido antes da publicação. Mas para esse tipo de ação é necessário unidade. Sem isso, os parlamentares perdem o poder de articulação e prejudicam o Estado.

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