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Disputa na Câmara embola e chances de Rose aumentam

O governo federal entrou em campo para tentar resgatar a candidatura de Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) à Presidência da Câmara dos Deputados. Esse é um sério indício de que o escândalo envolvendo desvio de recursos de emendas abalou seu favoritismo ao cargo.

Para deputados federais capixabas, a candidatura de Rose de Freitas (PMDB) feriu a estratégia do correligionário Henrique Alves. Depois das denúncias a disputa ficou bastante acirrada, aumentando as chances de Rose chegar à presidência.

Tanto que o governo estaria irritado com a candidatura da parlamentar pelo Espírito Santo. Os deputados não têm dúvida de que a disputa será realizada em dois turnos e nos bastidores ventila-se a articulação entre Rose e o terceiro nome na corrida à presidência, Júlio Delgado (PSB-MG), para uma união contra Henrique Alves no segundo turno.

A movimentação de Rose e Delgado é lembrada na Casa, guardadas as proporções, à maior derrota do governo Lula na Câmara, com a eleição de Severino Cavalcanti (PP-PE), em 2005. O candidato do governo era o petista, Luiz Eduardo Greenhalgh (RJ). Mas uma manobra de um grupo de deputados ligados ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso conseguiu unir forças para eleger Severino, que ficou conhecido como “o rei do baixo clero”.

Rose de Freitas, que rejeita o termo, vem fazendo campanha justamente com esses deputados e v capitalizando com o desgaste político de seu correligionário. Com uma postura que aumentou seu capital na Casa, durante a votação da urgência do veto dos royalties e com a indisposição dos parlamentares em entregarem o poder nas mãos do pretenso presidenciável  Eduardo Campos (PSB-PE), Rose aumenta seu campo de vantagens.

A eleição para a presidência da Câmara será no próximo dia 4 de fevereiro e para os meios políticos capixabas a chegada de Rose de Freitas à presidência da Câmara seria um trunfo diante dos problemas que o Espírito Santo vai enfrentar com perdas de recursos federais.

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