Sexta, 17 Mai 2024

???Espírito Santo é moeda de troca, como já foi em 2010???

???Espírito Santo é moeda de troca, como já foi em 2010???
Rogério Medeiros e Renata Oliveira

Fotos: Gustavo Louzada/Porã
 
O processo eleitoral do próximo ano teve movimentos importantes nas últimas semanas, com as pesquisas eleitorais divulgas nos jornais A Tribuna e A Gazeta. A interferência das nacionais do PT e do PMDB também movimentaram o cenário de disputa que começa a se formar para o próximo ano. 
 
Nesta entrevista, o cientista político e articulista de Século Diário, Antônio Carlos Medeiros, analisa as movimentações das principais peças desse xadrez político, projetando o jogo para a disputa no Estado em 2014. Para ele, a liderança do governador Renato Casagrande ainda não é um dado consolidado, devido ao alto índice de indecisos e a insatisfação da população em relação aos indicadores sociais. 
 
Antônio Carlos considera o fim da unanimidade e a possibilidade de polarização da disputa um cenário iminente no Estado. Neste sentido, ganhará peso o papel do senador Magno Malta (PR), ou compondo com Renato Casagrande ou disputando a eleição, para levar o pleito ao segundo turno. Mas alerta: só haverá espaço político e financeiro para três candidaturas. 

 
 
 
Século Diário – Queremos entender o fenômeno da rua e das redes sociais na eleição de 2014. Há uma incompatibilidade de quem foi para a rua com a atual classe política. Qual será essa influência na disputa do próximo ano?
 
Antônio Carlos Medeiros – Quando você olha essa última pesquisa feita [Instituto Futura], vê que a avaliação do governo nas áreas sociais – educação pública, saúde pública e segurança pública – ainda é muito ruim. A saúde 60% ruim. A educação melhorou, mas ainda é ruim. Eu acho que isso é manifestação das ruas, que não se reflete na pesquisa. Começando por essa pesquisa que está disponível e ela que está guiando o raciocínio político no momento, somando essa avaliação negativa ao fato de você ter ainda 50% de indecisos, mostra que essa rua ainda pode se manifestar, não necessariamente voltando à rua, mas na hora da decisão de voto. Essa conta social, que vem do governo Paulo Hartung (PMDB), que também era mal avaliado, no Brasil também é mal avaliado, agora está no colo do governo Casagrande, não é mais uma conta de Paulo Hartung, no sentido de que ele assumiu como governo de continuidade. Neste momento Casagrande está tentando romper com essa marca de continuidade, mas já estamos perto de 2014. Então, essas manifestações de rua e as análises mostraram isso, uma insatisfação com o serviço público. No Espírito Santo se resumiu ao pedágio, mas não é só o pedágio. Todo mundo está insatisfeito com saúde, segurança e educação. Eu penso, e a pesquisa sugere, que isso pode se manifestar na eleição de 2014. Ou no sentido de uma grande alienação de votos, com muitos votos branco, nulos e abstenções. 
 
– Tem muita gente que pensa assim, que pode haver uma grande ausência nas urnas...
 
– Sim. Ou no sentido de criar uma alternativa que não seja o atual governo, porque a insatisfação é sempre com o governo atual, ela bate no Casagrande, assim como o Brasil bateu no governo Dilma. Ela pode repercutir em 2014. Nesse sentido, o Renato Casagrande é o governo incumbente e todo governo incumbente tende a tentar repetir o governo, há também essa tendência em nível nacional. As pesquisas mostram que os governos incumbentes tendem a se reeleger, isso é um dado. Mas embora as pesquisas mostrem essa tendência, ela também mostra, se você for ver a consistência entre uma coisa e outra, que esse quadro não está definido. Esses 66% de aprovação e  46% de intenção de voto, neste momento, não significa que está definido. 
 
– E quem ganha com isso? Temos quatro situações colocadas, com o governador buscando a reeleição; Hartung fazendo uma campanha de comparação com seu sucessor; o senador Magno Malta (PR) como opositor de ambos; e o palanque tucano de Guerino Balestrassi (PSDB). Qual deles capitaliza com esse quadro?
 
– Para mim quem ganha mais com isso é o senador Magno Malta. Ele tende a ser o fiel da balança desta eleição. A pesquisa mostra que ele tem boas intenções de voto e tem popularidade, principalmente nas classes C, D e E, que são as classes que mais demandam por serviço público. A chamada classe C ascendeu socialmente,  mas bate na porta do serviço público mais do que a antiga classe média. Não sei se ele vai ser candidato, mas neste momento ele é fator decisivo para a eleição de 2014, para onde ele for. O xadrez está na mesa, nada é certo. Vamos imaginar que o ex-governador Paulo Hartung seja efetivamente o candidato do PMDB, isso poderia levar o senador Magno Malta a fazer uma aliança como governador Renato Casagrande. Vamos imaginar que do outro lado não seja Paulo Hartung, seja Ricardo Ferraço. Isso pode levar o senador Magno Malta a se candidatar e levar a eleição para o segundo turno. Ele é um dos políticos que está na mesa e pode ganhar densidade a partir das demandas criadas pelas manifestações. O Guerino Balestrassi, se conseguisse fazer um discurso que o aproximasse dos órfãos da Rede, de Marina Silva, pode também ter uma votação não insignificante, como mostra a intenção de voto. Se ele mostrar que sua candidatura é para valer, ele pode captar isso.
 
– Mas aquela saída brusca da Rede não pode tê-lo afastado desse público?
 
– Pode. Mas diante das alianças com a chamada esquerda democrática, ele pode conquistar eleitor. Pode conquistar e garimpar esse público que se dá na Grande Vitória. Magno pode conquistar o eleitor da periferia da Grande Vitória, que são os grandes detentores de votos hoje, as periferias urbanas. Se ele for hipoteticamente enfrentar o Casagrande, ele entraria nesse nicho eleitoral de periferia e o Guerino poderia entrar no nicho do Casagrande, que é o interior. 
 
– Isso pulveriza bastante o voto...
 
– Pulveriza. 
 
– Mas é preciso olhar com cautela as pesquisas, já que o histórico do Futura é conhecido nos meios políticos. A pesquisa parece tentar minimizar a expressão do senador, quando diz que ele tem 31%  de rejeição, mas não divulga a rejeição espontânea, que pode colocar um índice de rejeição para o ex-governador alto. Não que ele ganhe a eleição, mas isso prejudica. Malta também tem dificuldade com a classe média...
 
– Ele tem votos no interior, nas periferias, e se fizesse alianças corretas, poderia ir na classe média antiga, com o discurso da família. 
 
– O apoio do delegado de Trânsito, Fabiano Contarato, pode fechar essa lacuna?
 
– Pode. Política é nuvem, e na nuvem hoje ele é o fiel da balança. Mas, voltando à questão da pesquisa Futura, na verdade ela é favorável a Paulo Hartung. Ela introduziu o ex-governador dizendo que 'se ele for candidato ao governo é o único que pode enfrentar Renato Casagrande' e, portanto, recolocou Hartung no jogo de 2014. Ele, com sua genialidade política, se transforma em um objeto de desejo. Todo mundo quer o Paulo Hartung, até o Lula preferiria, não sei se essa informação é correta. Ao recolocar Paulo Hartung no jogo, a pesquisa fortalece a inserção do senador Magno Malta no processo. 
 
– A rede social parece ter encontrado seu candidato, que é o Contarato. Como vê a figura do nome do PR ao Senado?
 
–  Temos que voltar à figura do senador Magno Malta. Foi uma articulação muito bem feita. Ao fazer essa aliança, pega esse voto que sozinho ele não teria...
 
– E se ergue depois da desidratação da saída dos medalhões do partido...
 
– E ao mesmo tempo gerou contrapesos políticos à densidade eleitoral do Paulo Hartung. Se Hartung for candidato ao Senado, terá o contrapeso da candidatura do Contarato. Se ele for candidato a governador, tem o contrapeso do Magno Malta. Colocou um jogo de disputa equilibrado. O Futura aponta o Paulo Hartung, mas se pretendia direcionar para ele, teve um efeito colateral que foi mostrar a importância do senador. 
 
– Contarato é uma figura nova na política, Malta é conhecido, mas nunca foi experimentado no Executivo. Acredita que podem vir embalados pelo sentimento de mudança e que esse sentimento pode se expressar já em 2014?
 
– Acho que pode, isso está latente. Você tem um grande número de indecisos, que é normal nesse período que antecede a disputa, seis meses, oito meses antes, há um grande número de indecisos. Mas isso mostra que se formos olhar a consistência disso, pode se posicionar para o outro lado, se juntar a indecisão com a insatisfação em relação à prestação de serviços. E a qualidade do serviço será um fator preponderante na decisão de votos no ano que vem, tanto regionalmente quanto em nível nacional. 
 
– Gostaria que analisasse essa tensão de forças no PT, PMDB e PSB, a trinca que sustentou a unanimidade e que vem sofrendo as influências nacionais, jogando os holofotes sobre o Espírito Santo, onde está o único governador socialista no Sudeste. 
 
– Esse ciclo político da chamada unanimidade se esgotou. Não tem mais volta. O que você tem hoje no Espírito Santo é um ciclo diferente, de competição, de contradição, de cada elite política, com seu grupo, procurando seus espaços. Muitos deles têm, dentro da política oligárquica, o que eu chamo de compulsão à união. Essa mania de tem que ser todos com todos, mas a realidade está mostrando que não há mais espaço para isso. O que temos é um cenário de disputa, que poderá ser um cenário de segundo turno. O cenário hoje é de segundo turno, embora a pesquisa diga  outra coisa. 
 
– É muito difícil uma vitória em primeiro turno no Espírito Santo, neste cenário.
 
– Do Casagrande, sozinho, sim. A não ser que ele tivesse novamente o ex-governador Paulo Hartung do lado, em uma aliança, mas isso não está no horizonte. O que está no horizonte é uma disputa polarizada, indo o Paulo Hartung para governador ou para senador. Se for para governador, tem outro fenômeno também que é o da Rose de Freitas [PMDB]. Ela tem densidade eleitoral para se colocar na disputa ao Senado. Por isso eu acho difícil que as articulações nacionais se deem como está sendo colocado. As informações daqui, de Brasília, de São Paulo, são de que a direção nacional do PT tem como prioridade eleger senador nos estados menores. O Valor Econômico fez uma matéria mostrando como o PT nacional está se movimentando para fazer os palanques regionais. Nesse raciocínio, o  Espírito Santo é moeda de troca, como já foi em 2010. Em 2010, a retirada do Ricardo Ferraço e a colocação do Renato também foram moedas de troca. Era uma articulação para fortalecer a aliança. Agora o Espírito Santo também é moeda de troca, mas querer colocar um candidato em uma eventual chapa que tenha o Paulo Hartung como governador e que o candidato ao Senado seja do PT, esse candidato não é competitivo. O PT não tem um candidato competitivo ao Senado, nem a senadora Ana Rita, nem o ex-prefeito João Coser. Poderá ser apenas um candidato majoritário para dar televisão e palanque para a Dilma. Mas isso não bate. Uma coisa é o Lula querer isso, outra coisa é isso bater com a realidade regional. 
 
– Isso está causando uma série de problemas internos no PT, no PMDB e no PSB. Os partidos não estão sabendo lidar com essa mudança.
 
– Você tem um tabuleiro de xadrez. As coisas não estão postas. O que está colocado é que Renato Casagrande se afastou do Paulo Hartung. Agora não está colocada uma constatação de que o governador terá uma reeleição fácil. 
 
– Renato Casagrande descolou sua imagem do Hartung, começa a investir em publicidade para mostrar o que fez, se estendeu pelos problemas sociais. Hartung fez estradas. Acha que Casagrande tem tempo para dar visibilidade a seu governo?  E emendando a pergunta, em sua última entrevista a SD, o senhor disse que Casagrande não havia impresso uma marca em seu governo. Acha que hoje ele tem essa marca?
 
– Ao longo de 2013, ele seguiu uma direção de fazer um governo que tivesse a marca de governo voltado para o interior. Mas não na área social. Continuou com essa ênfase, que o ex-governador Eurico Rezende chamava de rodoviarismo. Ele dizia que o que dá voto é o rodoviarismo. 
 
– Tanto que na avaliação das estradas, o desempenho dele melhorou, não é?
 
– Isso. E isso traz os prefeitos para ele, consequentemente, vai ficar com essa marca do governo voltado para a interiorização do desenvolvimento. 
 
– Resolve o problema dele?
 
– Ai tem de saber explorar isso. Agora o problema dele é saber como vai entrar na Grande Vitória e nesse eleitorado de rede social. 
 
– Até agora essa relação dele vem sendo atrapalhada, ruim...
 
– O trabalho nas redes sociais é muito ruim. É espasmódico, faz e para.

 
–  A própria reação aos protestos populares foi um fator que o afastou desse movimento de rua.
 
–  Ele deu sorte, porque no Espírito Santo tudo se resumiu ao pedágio, o pessoal se esqueceu da saúde, da segurança. Na verdade ele deu sorte, mas isso pode voltar no ano que vem. As informações mostram a sensação de insegurança, serviços ruins de saúde. Então, a marca dele é para o interior, mas isso não reelege Casagrande. 
 
– A pesquisa mostrou uma grande rejeição ao Legislativo. No início do ano, logo depois da Operação Derrama, foi feita uma pesquisa e isso também ficou evidenciado. Acha que o Legislativo vai ser mais penalizado nessa influência das redes sociais na eleição?
 
– Eu penso que sim. A tendência é de haver uma renovação grande na Assembleia e na bancada federal. Essa renovação e sempre de 40% a 50% tradicionalmente, na federal menos. Mas penso que isso vai se manifestar ano que vem. Mas tem de saber se vai ter cara nova. A única cara nova que tem é o Contarato, um nome diferenciado, mas para o Senado. Vamos ver se aparece um nome novo para federal e estadual. 
 
– Há uma série de problemas envolvendo as alianças proporcionais também. O número de vagas, que não se sabe ao certo, as lideranças que não se elegeram em 2012, os suplentes que não tiveram tempo de se colocar, o desgaste natural dos deputados, depois de tantos episódios, principalmente este ano, e essa incerteza sobre as candidaturas majoritárias. Há muitos problemas de acomodação.
 
– As composições a serem feitas, sobretudo no campo do Casagrande. Tudo isso influencia as composições. São muitas indagações: ele vai conseguir utilizar a expectativa de poder que está sendo gerada em torno dele, a partir do momento em que a avaliação do governo é positiva, que o governo está em boa situação financeira, que ele pode realizar obras? Ele vai conseguir capitalizar isso, transformando em aliança política e em voto? Esse discurso da neutralidade não tem consistência e gera dúvidas para onde vai. 
 
– Até porque a identidade dele com o PSB é muito forte. 
 
– É muito forte. Se não fosse, poderia até convencer.  No campo do PMDB, a indagação é: o senador Ricardo Ferraço vai ser comida de onça outra vez? Ele foi comida de onça em 2010. Ou ele vai se colocar politicamente no bom sentido, no mandato de senador, para influir no cenário nacional e regional? Porque a iniciativa do Lula e do PMDB é o que chamamos de moeda de troca. O que o PT quer é que o PMDB venha com ele nacionalmente. O senador pode prestar um bom serviço a isso, porque ele é do PMDB, é um senador, articula e se relaciona bem no Senado, então pode ter um protagonismo para isso para ajudar essa intenção do Lula e da Dilma. Mas ele vai nessa direção ou não? 
 
– E o Paulo Hartung?
 
– No meu entender, ele vai jogar, como sempre, o maior tempo possível, nesse mistério. Ou eu vou para o Senado ou vou para o governo... E os outros políticos vão fazer o jogo dele ou vão se posicionar? Não só o senador Ricardo Ferraço, mas os outros também. Quer dizer, é o ex-governador Paulo Hartung quem vai continuar dando as cartas? Porque isso tem a ver com sua pergunta sobre os proporcionais. A bancada do PMDB quer ir para um lado, mas a direção quer ir por outro. Se fecharem por Brasília, como vão ficar as estaduais? E assim por diante. Como vai se posicionar o senador Magno Malta? 
 
– Que forças ele pode atrair neste cenário?
 
– Para onde vai o PDT, que é uma grande noiva nesta eleição? O PP? Vai depender dessas lideranças. Mas uma coisa é certa, não cabem quatro candidaturas. Você não tem apoios para campanhas políticas suficientes para colocar quatro candidaturas na rua. Acho que vai haver uma decantação desse quadro. 
 
– Decantação seria tirar alguém da corrida...
 
– Ou forçar alianças.
 
– Seria Casagrande e Magno, porque o Magno não casa com Paulo Hartung. 
 
– Isso. Acho que podem ficar três candidaturas. Eu digo no sentido político e também nos apoios empresariais. Não tem apoio empresarial para quatro candidaturas, não tem. No Brasil, Lula tem dito isso, defendendo o financiamento público de campanha. As fontes de apoios a campanhas eleitorais têm secado cada vez mais. Não há intenção e recursos suficientes para apoiar quatro candidaturas. A realidade é outra, de crescimento econômico baixo e que afeta a política. Por isso, eu acho que o Magno é importante. 
 
– Mas vai ter disputa? 
 
– Vai ter disputa. Seja uma polarização de Magno mais Renato versus Paulo Hartung, se o candidato for ele; seja Ricardo, Magno e Renato indo para um segundo turno. Não sei como ficaria Guerino, porque não sei se ele teria fôlego.
 
– Mas como o Aécio Neves aparece bem aqui no Estado, talvez o PSDB force o palanque com Guerino. 
 
– É. Ai o Guerino pode ser um apoio importante para o segundo turno. Pode ter um papel decisivo em um segundo turno, mas de qualquer maneira, não são quatro candidaturas. 
 
– Essa movimentação de Lula se aproximando de Hartung faz transparecer que o PT nacional está assustado com a parceria de Eduardo Campos e Marina Silva, porque nada faria o ex-presidente correr atrás do Hartung depois de tudo o que aconteceu. O Espírito Santo, com 2,6 milhões de eleitores, que era ignorado, agora não é mais porque estão na expectativa de que haja crescimento do Eduardo com a Marina.
 
– Mas o PT tem procurado todos os Estados. Alguns o Lula, outros o Rui Falcão e outros a Dilma tem chamado ao seu gabinete. Tem uma agenda. Eles perceberam que essa candidatura do Eduardo pode crescer, eu tenho dúvidas quanto a isso. A candidata Marina é uma coisa, mas ela não transfere. A candidatura de Eduardo é outra. Mas, de qualquer maneira, mudou o jogo e você está correto nisso. Mas também tem um sentido de vingança. Política também é fígado. Eu acho que estão vendo a atitude do Eduardo Campos como traição e o Lula vai partir para cima dele. Ele vai para Pernambuco fazer campanha, na Bahia, no Ceará, com os irmãos Gomes, com o PMDB fechou a Amazônia Legal todinha. E nesse sentido, sim, o  Espírito Santo é importante. Se equilibrar o jogo, 2% podem definir. 
 
– E tem essa figura do Renato, que é secretário-geral do PSB, é uma figura nacional do PSB...
 
– É difícil sustentar neutralidade na prática, você pode fazer discurso, mas sustentar  é difícil. Ele é um cara de partido, é um político partidário. 
 
–  E a eleição do PT? 
 
– O resultado da eleição do PT é muito importante porque vamos saber para onde vai o partido aqui no Estado. Supondo que João Coser confirme o favoritismo e vença a eleição, ele vai acabar sendo uma peça importante nessa definição. 
 
– Mas ele já tem definição, é do grupo do Paulo Hartung.
 
– Mas ele vai atender o PT nacional e se colocar para o Senado, ou vai flexibilizar e se colocar para vice-governador? Se ele se coloca para vice, abre a possibilidade de uma chapa com Ricardo Ferraço e com Paulo Hartung. Continua a aliança, mas o senador não é ele, é Paulo Hartung. 
 
– Acho que ele briga no PT pela vaga no Senado, mas isso não garante que ele disputa. O jogo inicial é tirar Ana Rita, que também não tem densidade eleitoral, mas com horário na TV e palanque, pode ser um problema para Hartung, vai questionar. 
 
– Uma vez terminada a eleição do PT, João Coser vai passar a ser um ator importante nesse tabuleiro. Se ele considerar a vaga de vice, muda o jogo político. 
 
– Bom, então finalmente vai haver eleições no Espírito Santo?
 
– Vai. 
 
– Agora quem vai disputar...
 
– Aí são outros quinhentos. 

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