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Fim do ‘blocão’ fecha de vez as portas da CPI do Pó Preto para Gilsinho Lopes

As portas da CPI do Pó Preto foram fechadas de vez para o deputado Gilsinho Lopes (PR). Com a renúncia do deputado Bruno Lamas (PSB), a vaga deveria ser indicada pelo coordenador do “blocão”, Rodrigo Coelho (PT). Mas como o “blocão” foi dissolvido na sessão dessa terça-feira (24), a decisão sobre o destino da vaga retorna à Mesa Diretora, que deve entregá-la ao PMDB. 
 
A presença do deputado Hércules Silveira (PMDB) na reunião extraordinária da CPI, na noite dessa terça-feira, foi um indício de que o partido deve indicá-lo para vaga de Lamas. Mas na sessão desta quarta-feira (25) o assunto não veio à tona no plenário.
 
Nos bastidores, porém, os aliados de Gilsinho viram na movimentação mais uma manobra para evitar a entrada do deputado na Comissão. Isso porque ficou aparente nas movimentações do grupo o incômodo com a presença do deputado do PR.
 
Apesar de os membros do grupo tentarem passar uma imagem de que os trabalhos serão comprometidos com a investigação das empresas poluidoras, o fato de integrantes da CPI terem recebido doações de campanha das empresas poluidoras comprometeu a atuação da comissão antes mesmo do seu nascimento.
 
Neste sentido, algumas lideranças políticas, depois da montagem da CPI, já avaliavam que seria melhor que o deputado não participasse do grupo para evitar desgastes com sua imagem. Isso porque há uma impressão de que o grupo foi montado para evitar uma investigação profunda que responsabilize as empresas poluidoras pelas emissões de poluentes na Grande Vitória. 
 
A presença de Gilsinho neste cenário poderia dar legitimidade à manobra na Casa. Por isso, seria importante que o deputado fosse membro efetivo, para em caso de manobra, apresentar um relatório em separado. Mas sem a possibilidade de indicação pela Mesa Diretora, o deputado não deve conseguir a vaga, já que ele é o único representante do PR na Assembleia e a vaga será pela proporcionalidade, ou seja, para o partido que tem mais deputados, no caso o PMDB, com quatro parlamentares. 

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