Sábado, 18 Mai 2024

Governador destaca inclusão social e descentralização de investimentos nos três anos de gestão

Durante o balanço das atividades no ano, feito durante um café da manhã com jornalistas nesta sexta-feira (20), o governador Renato Casagrande fez um raio-x dos três primeiros anos de gestão. Ele destacou que os avanços na área da inclusão social e a descentralização de investimento no período. Essa marca da interiorização também foi incorporada ao planejamento estratégico do governo socialista, que o diferencia da gestão anterior.



Em meio às especulações em torno de sua candidatura à reeleição, o governador avaliou que os três anos “deram a clareza do que já foi e do que ainda pode ser feito”. No período, Casagrande observa que o Estado cresceu mesmo em um momento de adversidade. Ele citou a queda na arrecadação, o fim do Fundap, mudança nos royalties de petróleo e as discussão sobre mudanças na alíquota do ICMS, que causaram impacto na economia local.



Apesar do cenário desfavorável, o governador enfatizou o papel do governo para manter o nível de investimento no Espírito Santo.  O governador fez uma longa exposição sobre os investimentos na área social que, segundo ele, estão dando certo. Casagrande citou o programa Incluir, a construção de centros de referência em todo Estado, além da política de complementação do Bolsa Família.



O socialista também destacou a parceria com as prefeituras, como a recente criação do Fundo a Fundo, que permite a transferência mais célere de recursos para os municípios. Casagrande citou a realização de obras e a conclusão de projetos na área de infra-estrutura. Segundo o governador, o “futuro do Estado já está contratado”.



Ele destacou as grandes obras de mobilidade urbana na Grande Vitória, como o sistema BRT (corredor metropolitano de ônibus), a integração entre os modais de transporte (construção de ciclovias e reativação do aquaviário), a construção da 4ª ponte e do corredor Leste-Oeste, que vão impactar no fluxo de pessoas na região. No interior, o socialista afirmou que as obras de pavimentação de rodovias e de estradas vicinais do Caminhos do Campo estão contribuindo com a inclusão social dos moradores dessa região.



Áreas essenciais



O governador enfatizou os investimentos na Segurança Pública, Educação e Saúde. No enfrentamento à violência, Casagrande comemorou o reaparelhamento das policiais, a recomposição dos efeitos das policiais Militar, Civil e do Corpo de Bombeiros, além da câmeras de videomonitoramento para uso dos municípios. Ele anunciou ainda a contratação de novos 2,1 mil policiais militares, bem como o início de concurso público na Polícia Civil.



No campo da Saúde, o destaque foi a ampliação da rede hospitalar com a previsão de 1,2 mil leitos até o final de 2014 com a ampliação dos hospitais e a contratação de vagas em hospitais filantrópicos. “Não resolvemos o problema, mas diminuímos o tempo de espera”, ponderou. Dentro da política de descentralização, Casagrande anunciou a construção de cinco Centro de Referência de Especialidades (CREs) no interior do Estado, a expansão do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) a todos os municípios e a ampliação dos repasses às prefeituras.



A divulgação recente dos resultados da Educação foram celebrados pelo governador, que estava acompanhado pelo titular da pasta, Klinger Alves Barbosa, durante a exposição aos jornalistas. Casagrande citou as obras de construção e ampliação de escolas estaduais, a incorporação do Ensino Técnico ao Ensino Médio em 52 municípios, além da construção de até 20 escolas técnicas estaduais.



Protestos populares



Durante a sua fala, o governador comentou a reação diante dos protestos de rua, que terminaram em atos de vandalismo ao Palácio Anchieta e críticas pela prisão de manifestantes. Casagrande disse que as manifestações “exigiram equilíbrio dos gestores para administrar a violência dos protestos”. Ele avaliou que os atos violentos após as manifestações acabaram retirando o foco da pauta de reivindicações.



No auge dos protestos, a pesquisa CNI/Ibope revelou que o governo socialista era considerado como bom/ótimo por 29% dos entrevistados – índice que saltou mais de 20 pontos percentuais no levantamento divulgado na última semana.  No entanto, Casagrande entende que a maior parte das reivindicações – a maioria relacionadas à área de mobilidade urbana – já estariam sendo atendidos pelo governo do Estado.



Sobre a repreensão policial aos protestos, que também culminou com o esfriamento precoce das manifestações – também pela redução no valor do pedágio da Terceira Ponte, principal alvo do protesto, e das tarifas de ônibus, o governador avaliou a postura como adequada. “A função do governante é dar segurança ao seu povo”, vaticinou.



Política



No campo político, Casagrande minimizou os atritos com a base aliada na Assembleia Legislativa. Ele avalia que os desentendimentos são naturais em qualquer relação, “seja na pessoal ou institucional”. Ele destacou que os projetos de lei enviados pelo Executivos foram aprovados pelos deputados estaduais. O socialista também afastou qualquer possibilidade de afastamento dos partidos que fizeram parte ou foram incorporados ao governo em função da tensão pré-eleitoral: “Todos os partidos são importantes. Quero manter a parceria com o PT e o PMDB”.



Sobre o processo eleitoral, o governador criticou a antecipação do debate eleitoral para 2014 e disse que vai se posicionar sobre o pleito apenas em maio do próximo ano. A medida deve evitar a contaminação do clima política entre aliados. “Quem decide antes da hora, decide errado. Quem decide depois, também erra”, ponderou. 

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