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Governo cochila e PSB consegue vaga ‘ociosa’ na CPI dos Empenhos

A manobra palaciana para que a CPI dos Empenhos sirva de ponto de partida para a rejeição das contas do ex-governador Renato Casagrande (PSB) na Assembleia sofreu um duro golpe no plenário nesta segunda-feira (21). O desatento líder do governo, Gildevan Fernandes (PMDB), que é o presidente da CPI,  não percebeu que a vaga aberta com a saída do deputado Rodrigo Coelho (PDT) do colegiado já havia sido preenchida pelo deputado Bruno Lamas, do PSB. 
 
A movimentação só foi percebida quando o presidente da Assembleia, Theodorico Ferraço (DEM), respondeu à Questão de Ordem, levantada pelo deputado Euclério Sampaio (PDT), que reivindicava a vaga para o PDT, alegando que o partido tem uma bancada maior. 
 
Com base no regimento, o deputado Theodorico Ferraço solicitou que os deputados que mudaram de partido até essa sexta-feira (18) informassem à Mesa Diretora para que a redistribuição de vagas possa ser feita. Freitas (PSB) questionou seu requerimento e Ferraço destacou que o que fora aprovado na semana passada, garantindo a vaga para o PSB, não se alteraria. 
 
Gildevan Fernandes tentou recorrer, mas foi alertado pelo deputado Enivaldo dos Anjos (PSD) de que o item fora aprovado à unanimidade. Ferraço lembrou o líder que na ocasião questionou o PT se iria reivindicar a vaga, o que foi negado pelo deputado Nunes, líder da bancada. Ferraço alertou o líder do governo também que o questionamento poderia alterar toda a distribuição de comissões na Assembleia. 
 
Com a aceitação do pedido pela mesa da Assembleia o jogo fica equilibrado na Comissão, em tese, há dois votos de aliados de Hartung, o do relator, Euclério Sampaio (PDT) e do deputado Almir Vieira (PRP); e dois favoráveis ao ex-governador, os dos deputados do PSB, Freitas e Bruno Lamas.
 
Isso forçará o voto de minerva do presidente da Comissão, o líder do governo, o que colocará o DNA palaciano no relatório que será levado ao plenário, acusando a manobra governista contra o ex-governador. Freitas deve apresentar um relatório separado contestando o relatório de Euclério, que deve ser desfavorável a Casagrande. A partir daí, haverá uma nova batalha a ser disputada no plenário. 

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