Ingerência do Ministério Público na disputa por vaga no TCES tem alvo certo
Para os meios políticos ficou evidente qual o objetivo do Ministério Público Estadual (MPES) ao ingerir no processo de escolha do novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCES). A ideia que fica é de que o alvo do órgão ministerial seja a candidatura do deputado estadual Sérgio Borges (PMDB).
Borges é considerado o favorito da disputa e sua candidatura estaria consolidada no plenário, mas após o pedido do Ministério Público para que pudesse opinar sobre as candidaturas apresentadas, o plenário entendeu que um recado foi passado.
O problema é que Borges já veio a público questionar a denúncia apresentada pelo MPES contra ele por recebimento irregular de diárias. A denúncia, que levou à condenação do deputado, estaria repleta de fragilidades, o que sustenta a tese da defesa do parlamentar.
Borges foi acusado de ter recebido R$ 6,9 mil em diárias indevidas entre 1999 e 2002. A promotoria sustenta que as diárias foram pagas, mas o deputado não teria realizado as viagens.
No entanto, a defesa do parlamentar alega que as denúncias – penal e cível – foram ajuizadas pelo mesmo promotor de forma que criasse a impressão de que os desvios nas diárias seriam um expediente comum. No entanto, a acusação se baseia em quatro episódios ocorridos num lapso temporal de três anos.
Mesmo com toda a polêmica, o Ministério Público insiste em fazer a análise dos currículos dos candidatos à vaga de conselheiro. Mas, além do problema jurídico a questão política também começa a influir no processo de escolha do conselheiro.
A candidatura em cima da hora do deputado Paulo Roberto (PMDB) também causou comentários nos bastidores. Caso haja uma manobra para tirar Borges da disputa, o perfil Paulo Roberto, que é ligado ao ex-governador Paulo Hartung, pode influenciar o plenário.
Isso porque os demais nomes não teriam condições políticas de se viabilizar. Claudio Vereza (PT) fica prejudicado pelo fato de o PT ocupar vários espaços políticos. Além disso, sua postura à frente da Presidência da Assembleia causou resistência no plenário. O deputado Dary Pagung (PRP) chegou a ser o favorito do Palácio Anchieta, mas teria perdido densidade eleitoral para o cargo.
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