As articulações para o processo eleitoral em Colatina, no noroeste do Estado, são bem dinâmicas, mas resguardam a cautela em relação a um nome que pode mudar completamente o cenário da eleição. Para a classe política local, é inevitável a entrada do deputado federal Paulo Foletto (PSB) no pleito, mas os movimentos do partido, em torno do ex-secretário de Saúde do Estado Tadeu Marino, deixam a disputa incerta.
A inevitabilidade da candidatura de Foletto está ligada ao seu futuro político. No governo passado, o deputado federal conseguiu ampliar seu capital para fora do município. Mas, sem o partido no governo, Foletto perde a influência da máquina para fazer essas articulações. Nos meios políticos, os comentários de aliados são de que Foletto estaria pensando em não buscar a reeleição em 2018.
No município, porém, o prestígio político de Foletto segue em alta. O deputado que nunca governou a cidade é um nome esperado na disputa pelo eleitor. As movimentações socialistas, porém, deixam essa discussão incerta. Foletto adia a decisão, enquanto o partido infla o nome de Tadeu Marino no município, com muitas conversas políticas e caminhadas entre a população.
Daí as movimentações cautelosas do PT, que hoje está à frente da prefeitura, e do PSDB, do ex-prefeito Guerino Balestrassi, que hoje não tem mais o mesmo capital político que o fez vencer Foletto na disputa de 2008, quando Balestrassi apoiou o atual prefeito Leonardo Deptulski. Quem também se movimenta com cautela é o pedetista Josias Da Vitória, que ampliou muito sua base política e mostrou queda de prestígio no município na eleição de deputado estadual em 2014.
A articulação indefinida é bem favorável para o PSB. O partido que vem sofrendo desgaste político desde a derrota de Renato Casagrande na disputa à reeleição em 2014, busca fortalecimento na disputa deste ano, e vencer a eleição em uma cidade importante como Colatina, seria um grande trunfo no jogo político do Estado.
