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PMDB cobra mais espaço no governo, mas não tem unidade para pressionar

A movimentação do PMDB, cobrando mais espaço no governo de Renato Casagrande não deve trazer mudanças no Palácio Anchieta para acomodar às demandas do partido. O enfraquecimento da Assembleia Legislativa e a falta de unidade dentro da própria bancada prejudicam um movimento de pressão que realmente seja traduzido em ameaça à governabilidade de Casagrande.

De fato, o PMDB, ao lado do PT, tem a maior bancada da Assembleia, com cinco deputados. Mas a situação de cada um revela a forma de relacionamento com o grupo do governador, que coloca o partido em desvantagem.

O deputado Marcelo Santos, por exemplo, foi prejudicado em sua campanha à prefeitura de Cariacica, por movimentos contrários à vontade do ex-governador Paulo Hartung. Mesmo fora do governo, Hartung mantém aliados, do PMDB ou não, dentro da equipe de Casagrande.

Sérgio Borges é líder do governo Casagrande na Assembleia e se tornou presidente da Comissão de Finanças da Casa, uma das mais importantes para o Executivo, ainda no governo Paulo Hartung. Essa posição não o levou a qualquer tipo de pressão contra o governo do Estado, muito pelo contrário, é cobrado pelos colegas por sempre adotar os critérios do Executivo para a relatoria da peça orçamentária, que nem sempre agrada aos parlamentares.

Hércules Silveira já foi prejudicado eleitoralmente duas vezes pelo grupo de Hartung nas disputas à prefeitura de Vila Velha. A primeira vez em 2008, quando foi abandonado pelo ex-governador no segundo turno da disputa, que deu a vitória a Neucimar Fraga (PR). No ano passado, Hércules, que era apontado como um dos favoritos ao pleito, teve a candidatura retirada pelo próprio presidente do partido Lelo Coimbra, aliado de Hartung. O grupo apoiou a candidatura de Rodney Miranda (DEM), outro aliado do ex-governador.

A deputada Solange Lube tem problemas na Justiça e em alguns momentos teria sido socorrida por Hartung. Mesmo estando na primeira secretaria da Mesa Diretora, não teria condições de fazer qualquer pressão contra o governo. Luzia Toledo tem um perfil agregador e não entraria em rota de colisão com o Executivo por cargos. Já o deputado Paulo Roberto, que foi líder de Hartung na Assembleia, retornou à Casa passando por cima da fidelidade partidária e ainda não sabe ao certo se permanecerá na vaga.

Como cada deputado tem seu campo de interesse, a bancada não conseguiria articular uma ação integrada para pressionar o governo. Ainda mais sem o apoio da Assembleia, que também não empolga em ajudar o PMDB, justamente por ser a maior bancada do plenário.

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