Quarta, 01 Mai 2024

???Quem tem mandato sempre teve preferência nas disputas eleitorais???

???Quem tem mandato sempre teve preferência nas disputas eleitorais???
Rogério Medeiros e Renata Oliveira
Fotos: Apoena/Ag.Porã
 
Candidata à presidência regional do PT, a senadora Ana Rita Esgário ganha cada vez mais espaço na mídia com o trabalho que vem desenvolvendo em Brasília. Espaço, porém, que consegue fora do Espírito Santo, já que no Estado encontra dificuldade até dentro do próprio partido. 
 
Recentemente, Ana Rita conseguiu um feito político relevante ao reunir a Câmara dos Deputados e o Senado em uma sessão solene para a entrega do relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Violência contra a Mulher. Evento que contou com a presença da presidente Dilma Rousseff. Apesar da projeção nacional do episódio, o mercado político diminui o valor da senadora. 
 
Nesta entrevista, Ana Rita fala do Processo de Eleição Direta (PED) no PT, de sua batalha para ser candidata à reeleição ao Senado, e do papel que o PT capixaba precisa desempenhar em 2014.
 
 
Século Diário – Vamos começar com o Processo de Eleição Interna do PT, que é no próximo dia 10 de novembro. Como estão as abordagens e as movimentações do seu grupo?
 
Ana Rita Esgário – Na semana passada se encerrou o prazo de quitação das finanças com o partido. Nossa intenção agora é intensificar os debates com a base. Estou me organizando para isso, assumindo menos compromissos externos, para ter tempo para me dedicar a esse período de campanha. 
 
– Ainda no ano passado já se falava em um favoritismo do ex-prefeito de Vitória João Coser no processo deste ano. A senadora lançou sua candidatura com um texto contundente, fazendo um raio-x do PT no Estado, e coloca uma chapa contra este grupo de Coser, que está no comando do PT. Recentemente, o subsecretário de Estado de Direitos Humanos Perly Cipriano também divulgou um manifesto seguindo a mesma linha. Como enfrentar esse favoritismo nesta eleição interna?
 
– O processo de eleição interna no PT é interessante porque é a oportunidade que os filiados têm de escolher as direções, sejam municipais, sejam estadual e nacional. É interessante porque democratiza a escolha de quem vai dirigir o partido nessas três instâncias. No Espírito Santo acho que temos uma situação um pouco especial. O partido, apesar do esforço que houve para estruturá-lo, está muito fragilizado no Estado. Percebi isso de uma forma muito clara quanto assumi o mandato e comecei a rodar o Estado para dialogar com os companheiros e companheiras do partido.  Já naquele momento havia por parte dos companheiros uma insatisfação muito grande com o PT. Havia muita reclamação.
 
– Que tipo de reclamação?
 
– Que o partido se reunia muito pouco, que as pessoas se sentiam abandonadas, que havia uma distância da direção municipal com a direção estadual.
 
– E isso vinha principalmente do interior?
 
– Principalmente do interior, porque é no interior que as pessoas passam as maiores dificuldades e estão mais distantes das informações. Então havia muitos pedidos ao mandato para que fizesse essa aproximação. Eu procurei ouvir muito o partido nesse sentido. Com a aproximação do PED, o nosso grupo fez uma reflexão, uma avaliação, e vimos que temos uma outra visão de partido. Um partido que precisa dialogar mais com seus filiados, que as decisões precisam ser mais democráticas, que precisa ser reconstruído de forma coletiva, que os dirigentes municipais precisam ser valorizados, que os nossos parlamentares precisam ser mais ouvidos, enfim, que haja uma integração maior entre a direção do partido e todo o conjunto do partido, para que tenhamos um PT mais dinâmico. Nesse processo de reflexão, meu nome foi colocado como uma possibilidade real de disputa. 
 
– Por quê?
 
–  Pelo mandato que estou fazendo de senadora, um mandato que tem uma expressão no Estado e no País, e porque eu preencho os requisitos que o nosso grupo entende que são necessários para fazer essa disputa eleitoral. Não é uma tarefa fácil, mas eu me coloquei à disposição porque posso contribuir. E não vamos fazer esse trabalho sozinhos, porque não é assim que a gente quer. É um conjunto de filiados que pensam como eu. Tenho o apoio da deputada federal Iriny Lopes, do deputado estadual Claudio Vereza, do ex-deputado Otávio Baioco, que, aliás, tem rodado muito o Estado, conversado com as pessoas. Tenho o apoio de uma parcela significativa da juventude do nosso partido. E a juventude precisa ser mais valorizada, porque há uma distância muito grande entre os que historicamente ajudaram a construir o partido e os que estão chegando. A gente precisa estreitar essa relação. Então me coloquei à disposição, sim, me candidatei, e acho que posso contribuir no sentido de ajudar no debate. E eu sinto que essa é uma carência que o partido tem. Carência de debate sobre políticas públicas, de debate sobre a conjuntura que estamos vivendo, o que o partido sempre fazia há um tempo atrás, enfim, de debate que possa subsidiar os nossos filiados para se sentirem preparados para a luta.
 
– Fala-se também sobre a falta de um projeto do PT para o Espírito Santo...
 
– Sim, e é isso que estamos propondo. Precisamos de um projeto para o Espírito Santo. O PT não pode continuar sendo refém de outras legendas políticas. De alguns anos para cá, o PT está em um segunda posição. 
 
– Ocupa muito espaço, mas...
 
– Ele ocupa espaço, mas não lidera esses espaços. Já teve um papel mais ativo de liderar toda uma articulação política. Hoje ele não lidera mais, fica em uma posição secundária em um processo eleitoral no Estado. É preciso construir esse projeto para o Espírito Santo. E mais que isso, é preciso construir um projeto político aliado a um programa de governo. Você não tem projeto político se não tem em mãos um programa de governo. Então, o que nós queremos para o Estado? O que o partido espera do Estado? Hoje temos muitos questionamentos às políticas que estão sendo implementadas no Espírito Santo de alguns anos para cá. Precisamos dar uma atenção especial às políticas públicas voltadas para melhorar a vida das pessoas. É construir esse programa, para que tenhamos condições de dialogar com as outras forças políticas. E esse projeto tem de ser fruto de uma escuta também. De pesquisa, de análise, mas de escuta dos nossos filiados.
 
– O jornal entende que a senadora faz um excelente mandato. Fica a pergunta: não seria prerrogativa de quem está no mandato ter direito a disputar a reeleição?
 
– Historicamente o PT trabalhou dessa forma, priorizando quem tem mandato. Quem tem mandato sempre teve preferência nas disputas eleitorais. Só não tem prioridade se não quiser disputar. Por exemplo: quando eu fui vereadora pela primeira vez, terminei meu mandato e tomei a decisão de não sair candidata por uma questão pessoal. O partido queria muito que eu saísse. Havia uma vontade muito grande que eu saísse, mas eu, pessoalmente, não tinha condições de sair candidata novamente naquele período de 1996. Então, o partido tem essa história de valorização de quem tem mandato a sair candidato.
 
– Foi publicado recentemente que a senadora, se não sair candidata à reeleição,  vai disputar a vaga de deputada estadual. Como isso pode acontecer? Uma pessoa que tem um desempenho de visibilidade no Senado que fortalece o partido até em nível nacional, por que disputar uma eleição estadual, que tem uma realidade completamente distante?
 
–  Eu fiz essa afirmação pelo seguinte: não se ganha uma disputa eleitoral sozinho, o processo de composição de uma aliança é muito importante. E o que está nos norteando neste momento? Nosso foco é a reeleição da presidente Dilma e, para isso, precisamos montar aqui no Estado um palanque forte. Não podemos passar a vergonha que nós passamos em 2010, de termos perdido a eleição de Dilma no Estado. Precisamos mudar esse quadro e eu me disponho a colaborar. Mas, para isso, nós precisamos montar uma aliança partidária que dê condição. E pelo menos por enquanto, estamos trabalhando com a possibilidade de manter a aliança que nós construímos com o governador Renato Casagrande, porque precisamos que os partidos que estão na base do governo Dilma, PSB, PCdoB, PT e PMDB, inclusive, estejam juntos aqui no Estado para erguer um bom palanque para reeleger a Dilma. Nesse quadro vamos discutir a composição. Se a composição para o Senado for com o PT, eu vou disputar internamente no partido a minha candidatura ao Senado. Isso eu vou até o final, não vou abrir mão disso dentro do PT. Agora, se o PT não conseguir...eu acho que o PT tem que brigar por isso, mas se tiver condição de ter uma aliança forte aqui no Estado, se no processo de discussão coletivo, chegar-se à conclusão de que para ter um palanque mais forte terei que abrir mão da candidatura ao Senado, aí eu me disponho a sair como deputada estadual, porque eu quero apoiar Iriny Lopes para federal. Não serei candidata a deputada federal porque entendo que a vaga tem de ser da Iriny. 
 
– Isso também passa pelo PED. 
 
– Passa pelo PED, por isso não estou fazendo o debate de 2014 ainda, quero esperar o PED, porque entendo que a prioridade agora é recompor o partido. Porque um partido que ainda está com essas fragilidades de organização, vai ter dificuldade também de fazer todo o debate para o ano que vem. Precisamos primeiro garantir essa etapa da eleição para a direção, para depois começar a discutir o processo eleitoral do ano que vem.
 
– Na segunda-feira (26) a senadora conseguiu uma pauta muito interessante e a repercussão disso na mídia corporativa do Estado nos incomodou um pouco. Houve uma sessão bicameral para a entrega do relatório da CPMI da Violência contra a Mulher, com a presença da presidente Dilma Rousseff. Um evento muito importante. No dia seguinte, tivemos jornais com capa sobre o aumento da violência contra a mulher e que não citava o seu nome. Fizemos o questionamento na coluna Socioeconômicas e eu vou repeti-lo: A quem interessa esconder Ana Rita?
 
– Primeiro gostaria de agradecer, porque a matéria do jornal sobre a sessão ficou muito boa. A gente conseguiu alguns espaços, pelo menos no período da entrega do relatório aqui no Estado, em todas as redes de TV. Agora, o fato de não ter saído em A Gazeta, que foi a matéria de capa, acho que é a linha do jornal. 
 
– O que não dá para entender é o fato de que sempre se teve essa ideia de que a bancada capixaba é baixo clero. E há quanto tempo não se via um senador do Estado na Mesa Diretora em uma pauta com essa relevância?
 
– E uma pauta única.
 
– A gente observa que a senadora consegue visibilidade quando fala do relatório, agora, politicamente, o peso Ana Rita é diminuído. E quase sempre que se abre a página do Senado, há uma matéria com Ana Rita. Quer dizer, a pauta existe...
 
– Inclusive, na semana passada, com a entrega do relatório e com a aprovação dos projetos... na verdade apresentamos 13 projetos e sete estão no Senado, seis na Câmara e quatro foram aprovados na semana passada e foram pauta de diversos jornais de circulação nacional. Eu direto dou entrevista para rádios de outros estados, distantes daqui. Fui para a Jornada Mundial da Juventude e estava lá no meio do povão e daí há pouco um grupo me grita: “Ei, senadora! Você não nos conhece, mas nós a conhecemos”. Perguntei de onde eram e eram do Ceará. O Brasil nos acompanha pela TV Senado, pela Rádio Senado, pela Voz do Brasil. Tem hora que eu fico pensando: naquele ditado “Santo de casa não faz milagre”, porque na casa da gente é mais difícil, não é? Mas acho que você tem razão. Tem uma questão política que norteia tudo isso. 
 
 – Tem um grupo que não quer nenhum outro candidato ao Senado, para ter candidatura única. 
 
 – Mas sabe o que eu acho que tem também? Vocês sabem o quanto eu sofri... não vou dizer que é um sofrimento, mas as críticas que eu recebi quando surgiu a possibilidade de eu ir para o Senado. Falavam que eu era uma mulher, despreparada, que não era conhecida... Também tem um comportamento por parte de alguns setores aqui do Estado, inclusive da imprensa, que é preconceituoso com a presença da mulher. Acho que também tem isso. Há figuras pré-determinadas e aí vem uma pessoa nova, chegando no cenário e que entra pela janela. Quem essa figura vai atrapalhar? Então, acho que tem um certo preconceito. É preconceito por ser mulher e por ser do PT.
 
– E também pelas bandeiras, não é senadora? Porque a prática é aderir à defesa da economia e não a questão social.
 
– No Espírito Santo sempre houve a defesa da bandeira econômica. Não quero dizer que elas não são importantes, elas também têm seu valor, mas nós precisamos ter um olhar focado nas políticas sociais, porque a vida das pessoas só vai melhorar se nós nos voltarmos para esse setor. E eu trabalho para isso. O setor econômico cumpre o seu papel e ele tem um peso no desenvolvimento do Estado, mas é um peso para uma parte da sociedade e nós temos que pensar em toda a sociedade.  E aí você tem que conjugar as duas coisas. 
 
– Como a senadora vê a rua? 
 
– Hoje?
 
– Nós vamos ter uma eleição muito diferente das anteriores. O povo fez uma manifestação muito clara em relação à classe política, sem fazer qualquer exceção. Mas tem políticos que a rua não tem como eliminar nesse processo, como é o caso da senadora, por conta até da bandeira. Mas será um processo difícil. E qual a expectativa da senadora pela decida da rua na eleição?
 
– Há uma consciência muito maior hoje do que há cinco, dez anos. A população está mais atenta, acompanha mais as coisas. Ela lê mais, ela acompanha os noticiários. As pessoas me abordam e dizem: “senadora, parabéns pelo seu trabalho, nós estamos acompanhando”. E isso é muito bom. Embora não saia muita coisa na imprensa, as pessoas têm acompanhado pela TV Senado. Eu não sabia que havia uma audiência tão boa. 
 
– E as redes sociais? As pessoas não precisam mais dos meios de comunicação convencional para se informar. 
 
– É. As pessoas acompanham muito pela internet. Estão muito atentas. Me parabenizam pelo trabalho. Mas só isso não é suficiente para ganhar uma eleição. Eu acho que o sentimento da população é por uma mudança de postura dos políticos. O Congresso Nacional é altamente criticado pela população brasileira. Reconhece algumas conquistas de determinados grupos, de determinadas categorias, mas de modo geral, a população olha os políticos como pessoas que não trabalham e não dão respostas. Infelizmente é isso. Precisa mudar. Mas só muda a partir da nossa ação. Se fizermos um trabalho bem feito e darmos a resposta que a sociedade espera, esse quadro pode mudar. Acho que a rua está mais exigente, cobra mais, porque ela também acompanha. 
 
– Mas aí vem um episódio como esse da absolvição do deputado federal Natan Donadon (sem partido/RO) e fica a impressão de que o conjunto do Congresso não está disposto a mudar. 
 
– Para quem está de fora, passa um pouco essa imagem. Mas no Senado se trabalha muito. São duas casas muito próximas que são muito diferentes. Permanentemente a Câmara está cheia. Os movimentos sociais têm muito acesso à Câmara. O Senado é um espaço mais restrito. Então as pessoas têm dificuldade, tem mais controle da entrada. Mas ali dentro, se trabalha muito. Só não trabalha quem não quer, inclusive, servidores. É muito raro se sair antes das 22 horas. 
 
– Se não der para ser Dilma, entra Lula? 
 
– Eu acho que no quadro que está se desenhando entra Dilma. Eu espero que seja Dilma, só se tiver algum problema. Acho que Lula está à disposição se precisar, mas o PT não trabalha com essa hipótese. Trabalha  com a hipótese de Dilma ser a nossa candidata à reeleição. Só se o quadro mudar muito. As pesquisas mostram que ela tem uma recuperação...
 
– Marina Silva pode não conseguir consolidar a Rede...
 
– Marina pode não conseguir registrar o partido. E o governo tem feito muita coisa neste país. Eu sempre penso assim: o Brasil é imenso. E vai ter muita disputa, porque há muita pressão sobre o governo. As forças políticas demandam muito pelo governo. 
 
– Na semana passada houve um jantar entre o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), que estudam fazer uma aliança às avessas para evitar a eleição de Dilma no primeiro turno. Os dois mantêm as candidaturas e contam com a terceira candidatura de Marina Silva. A senadora defende a permanência do PT no palanque do governador Renato Casagrande, que quer passar a ideia de neutralidade na disputa presidencial. Como fica o PT capixaba no meio dessa confusão?
 
 – É um cenário para o qual precisamos nos preparar. Se a candidatura de Eduardo Campos for real, e parece ser, e o governador Renato Casagrande, que está sendo cobrado para se posicionar, não ficar em uma posição de neutralidade, o PT fica em uma situação muito delicada, em função de não ter se preparado para o processo eleitoral. Esse é o problema. Se o PT tivesse se preparado para esse cenário, poderíamos com muita segurança dizer que dependendo desse cenário teríamos candidatura própria. Alguns dentro do PT defendem isso. Mas quem será o candidato de última hora? É muito complicado. O PT está em uma situação muito complicada para 2014. 
 
– O PT saiu da rua nos últimos dez anos devido à conjuntura política do Estado. Agora precisa voltar à rua, mas como fazer essa reconciliação com a rua? Até porque a rua está diferente agora.
 
– A juventude petista, eu diria, está na rua. Mas o partido, que discute a política, as questões sociais, que se organiza para ir para a rua, isso realmente há muito tempo não se faz. O partido, enquanto instituição, acabou priorizando a institucionalidade, o parlamento, o Executivo, e não continuou na rua e não preparou quem estava chegando para permanecer na rua. Houve um distanciamento do partido das lutas sociais. Isso é real. Embora reconhecendo que alguns militantes do partido não saíram da rua. Acho bom fazer esse destaque, principalmente a nossa juventude estudantil, que foi para a rua nesse grande movimento. Mas o partido não foi e também, ir para a rua por ir, acho que não é o caso. Tem de ir com uma pauta, discutida, preparada, sabendo o que quer. Acho que agora está se retomando isso. Acho que esse grande movimento da rua de junho deu um puxão de orelha em todo mundo e isso foi muito bom. Acho que cada um agora está se recolocando e retomando o seu espaço. E o PT ainda tem muito o que fazer nesse processo. No Espírito Santo, o PT também tem de fazer isso. Mas também avalio que a realidade social vai nos demandando a cada momento da história. Por exemplo: o movimento popular. O movimento de bairro, que era muito forte no passado, hoje já não é tão forte assim. No entanto, a população vai se reorganizando de outra forma. Não mais apenas através de associação de moradores, mas com outros mecanismos também como os fóruns, que estão muito presentes. Isso é um avanço.
 
– Em Vila Velha isso está muito evidente.
 
– Muito evidente. E isso é um grande avanço, porque a população passa a entender que os problemas não se resolvem com o olhar apenas naquele local, você precisa de um olhar mais amplo da situação e os fóruns dão a possibilidade de se fazer essa avaliação mais ampla. Acho que também é o momento de retomada dessa organização social, desse novo modelo de organização. O movimento sindical também tem de repensar sua atuação. Do jeito que está,  é insuficiente para as necessidades de hoje. 
 
– Em 2014, finalmente o Espírito Santo poderá eleger uma senadora. Nossas duas representantes até hoje vieram por suplência. Será que dessa vez vai pelo voto?
 
–  Eu espero. Vamos trabalhar para isso. Mas acho que ainda temos muito o que conversar. A conjuntura é muito dinâmica, mas no que depender de nossa vontade, do nosso esforço, a nossa equipe tem trabalhado nesta direção. 

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