Sexta, 03 Mai 2024

Ricardo Ferraço sai em defesa dos incentivos fiscais da Era Hartung

Ricardo Ferraço sai em defesa dos incentivos fiscais da Era Hartung

Diante das divergências jurídicas em relação aos incentivos fiscais concedidos pelo governo capixaba, o senador Ricardo Ferraço (PMDB) está comandando o lobby em Brasília a favor dos benefícios concedidos na gestão do ex-governador Paulo Hartung (PMDB). O senador é um dos principais articuladores de um acordo para a aprovação da reforma do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que está sendo discutida no Congresso Nacional.



Nos bastidores, Ricardo estaria trabalhando para que o Congresso garanta a manutenção dos atuais incentivos fiscais em troca da aprovação da reforma, que deve unificar as alíquotas do tributo – medida que prejudicaria, em tese, a competitividade do Espírito Santo em relação aos demais estados. A ação do vice-governador no segundo mandato de Hartung teria o objetivo de assegurar a legalidade dos incentivos que estão sendo alvo de discussão no Supremo Tribunal Federal (STF).



Durante a sessão da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa, o senador capixaba defendeu que as alíquotas diferenciadas do tributo (que permitiriam a concessão dos incentivos fiscais) compensariam a falta de investimentos do governo federal na infraestrutura do Estado. No entanto, a defesa dos interesses do empresariado local esbarra na possibilidade, cada vez mais real, da extinção dos benefícios em apenas uma decisão judicial.



Atualmente, a política de incentivos capixaba – sobretudo, àqueles destinados ao setor atacadista – está passando por questionamentos na Justiça estadual e no STF, que deve se pronunciar pela legalidade dos incentivos. Segundo os processos, os benefícios foram concedidos sem a aprovação de lei específica ou consonância do colegiado do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), medidas que o colocam em confronto com a Constituição Federal.



Desta forma, o lobby de Ricardo poderia reduzir os efeitos de uma decisão contrária à manutenção dos incentivos. Isso porque, o Congresso pode incluir no texto da reforma, a ratificações de todos os atuais benefícios, fato que pode impedir até mesmo a responsabilização de seus mentores, entre eles, de Paulo Hartung, padrinho político do senador. Hoje, o ex-governador responde a duas ações populares por supostas irregularidades nos contratos de competitividade entre o governo do Estado e o Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor do Estado (Sincades).

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