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Servidores públicos de carreiras típicas repudiam ataques à Polícia Federal

Geraldo Pinheiro, presidente do Sindifiscal-ES, também lamentou o clima de violência que atinge a democracia

“O documento é em repúdio aos ataques aos policiais federais pelo ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) durante o cumprimento de mandado de prisão, que atinge todas as instituições e representa, também, um desrespeito à democracia”, afirma o presidente do Sindicato do Pessoal do Grupo de Tributação, Arrecadação e Fiscalização no Espírito Santo (Sindifiscal-ES), Geraldo Pinheiro, ao comentar a nota pública do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), divulgada nesta terça-feira (25), em todo o País.

Roberto Jefferson, presidente de PTB, partido da base de sustentação do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do candidato ao governo do Estado, Carlos Manato (PL), se encontra preso no presídio de Bangu 8, no Rio de Janeiro, depois de disparar tiros de arma de grosso calibre e granada contra policiais federais que foram prendê-lo. O caso ocorreu nesse domingo (23) e envolveu a campanha eleitoral, pelas ligações de Jefferson com Bolsonaro.

“É lamentável que, por questões políticas, ocorra o enfrentamento às instituições, neste caso o Poder Judiciário, o que representa um massacre à democracia, nesse clima de violência em que o Brasil se encontra”, diz Geraldo, e reforça: “Temos que tirar esse retrocesso”.

A nota do Fonacate, entidade formada por 36 associações e sindicatos de carreiras típicas do poder público, representando mais de 2 mil servidores, que desempenham atribuições imprescindíveis ao Estado brasileiro, “repudia veementemente o violento ataque a policiais federais pelo ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) durante o cumprimento de mandado de prisão, no último domingo (23), na cidade de Comendador Levy Gasparian (RJ)”.

O texto enfatiza que “o crime não atingiu apenas os policiais alvos dos tiros disparados e das granadas lançadas pelo ex-parlamentar, mas também a instituição Polícia Federal, o serviço público brasileiro e o Poder Judiciário”.

“Este é mais um dos inúmeros e lamentáveis ataques desferidos contra agentes públicos no cumprimento de suas atribuições e prerrogativas legais. E ocorre num contexto de seguidas ameaças e intimidações ao funcionalismo, a exemplo de um ministro de Estado que sugeriu pôr uma granada no bolso dos servidores. Já basta! É preciso punir exemplarmente o responsável pelo caso em tela, dentro dos rigores da lei”.

No texto, o Fonacate ainda se “solidariza com a agente Karina Oliveira e o delegado Marcelo Vilella, feridos na ocasião, desejando a ambos pronta recuperação, e estende os votos de solidariedade à ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, vítima de sucessivas ofensas desferidas pelo ex-parlamentar na última semana”. 

E conclui “É motivo de grande preocupação para este Fórum a escalada de agressões, em diferentes sentidos, que cerca o processo eleitoral. Alertamos aos servidores de todo o país que se mantenham vigilantes, atentos aos fatos, e, no próximo domingo (30), optem por candidatos que estejam realmente comprometidos com a defesa e a valorização do serviço público, da democracia e do Estado de Direito”.

Ao comentar o ataque do ex-deputado Roberto Jefferson aos policiais federais, o presidente do Sindifiscal-ES lembra o assassinato de um auditor fiscal em Alagoas, há dois meses, no cumprimento de seu dever profissional, uma questão tributária que tem ser cumprida segundo a lei.

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