Sexta, 26 Abril 2024

Entidades médicas cobram à ANS transparência em informações de planos

As entidades médicas nacionais enviaram documento à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) cobrando transparência nas informações sobre a cobertura assistencial oferecida pelos planos de saúde. O documento é um dos desdobramentos das reivindicações feitas no início do mês de outubro. Na ocasião, os médicos do Estado entraram em assembleia permanente, mas optaram por não suspender o atendimento aos usuários de planos de saúde. 

 
Os médicos representados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), Associação Médica Brasileira (AMB) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam), entidades que assinam o documento, consideram que existe um desequilíbrio entre o crescimento da demanda do setor e a oferta dos serviços. 
 
Para as lideranças médicas, somente a abertura de consulta pública às informações do setor pode evitar os excessos cometidos por alguns empresários. 
 
No documento, os médicos salientam que duas pesquisas realizadas pelo Instituto Datafolha atestam a insatisfação tanto entre os médicos que atendem os convênios, quanto entre a população que faz uso desses planos. As entidades médicas entendem que a saúde suplementar, que é prevista na Constituição de 1988, teve os objetivos desvirtuados especialmente em função do modo deturpado como os empresários do setor têm operado – com foco no lucro e ignorando necessidades apontadas pelos pacientes e profissionais.
 
No movimento realizado no início do mês, os médicos cobravam o reajuste de honorários de consultas e outros procedimentos, a inserção, em contrato, dos critérios de reajuste, com índices definidos e periodicidade, e o fim da intervenção dos planos na relação médico-paciente.  
 
Dados da ANS indicam que, entre 2003 e 2011, a receita das operadoras cresceu 192%, enquanto o valor médio pago por consulta aumentou 65%. Cálculos da própria categoria, entretanto, indicam que o reajuste foi de 50%.  

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