Sábado, 18 Mai 2024

Estado registrou 317 casos de hanseníase até agosto deste ano

Vinte e seis municípios capixabas aderiram à campanha nacional contra a hanseníase, verminose e tracoma iniciada neste mês de agosto e que deverá atingir 180 mil estudantes do ensino fundamental, na faixa etária de 05 a 14 anos de idade. No Estado, 317 casos da doença já foram notificados neste ano, até o dia 1 de agosto. Desses, 11 pacientes são menores de 15 anos. 
 
Além dos 15 municípios capixabas já beneficiados com a em 2013, outros 11 municípios também participam da campanha neste ano. O objetivo é o diagnóstico precoce da doença que causa deformidades e incapacidades se não for tratada precocemente.
 
A coordenadora estadual da Hanseníase, Marizete Puppin, destaca que a campanha funciona como um importante indicador de como está a doença no Estado e onde a bactéria está circulando. “Se há casos em menores de 15 anos é sinal de que há adulto doente por perto, porque as crianças circulam mais no meio familiar. Assim, fica mais fácil rastrear e tratar esse adulto que não buscou o serviço de saúde para diagnóstico e tratamento”, observa. 
 
Marizete lembra que, para a campanha alcançar seu objetivo é preciso adesão dos municípios e comemora o fato de mais cidades capixabas participarem da ação neste ano. A expectativa é de no ano que vem o número seja ainda maior.
 
No Espírito Santo, desde o dia 4 de agosto, profissionais de saúde e de escolas da rede pública de 26 municípios iniciaram a campanha com o objetivo de identificar os estudantes que apresentem sinais e sintomas de hanseníase através do método “espelho”, utilizado para o mapeamento das lesões, para posterior confirmação diagnóstica. Também é ofertada dose de medicamento para tratar verminoses, mediante consentimento dos pais. Aqueles que não concordam têm que assinar o termo de recusa.
 
Para Marizete, a campanha lançada pelo Ministério da Saúde é interessante porque coloca a família como corresponsável nas ações que são desenvolvidas nas escolas. Ela lembra que muita gente não procura o tratamento porque não dá a devida importância para a mancha que não coça, não dói, não incomoda. “Ir até o escolar é uma forma de multiplicar as informações educativas na comunidade e fazer busca ativa das pessoas contaminadas”, reforça.
 
Ela explica que o método espelho ou autoimagem consiste em um formulário que deverá ser preenchido pelos pais ou responsáveis a respeito de sinais e sintomas sugestivos de hanseníase. O aluno com esses sinais será examinado na escola pelos profissionais de saúde e, se necessário, encaminhado para os serviços de saúde para confirmação do diagnóstico de hanseníase e iniciará o tratamento imediatamente.
 
A coordenadora alerta para a importância das pessoas procurarem o serviço de saúde ao aparecimento de manchas, de qualquer cor, em qualquer parte do corpo, principalmente se essa mancha apresentar diminuição de sensibilidade ao calor e ao toque. O tratamento é gratuito e está disponível nos 78 municípios do Estado.
 
A campanha também inclui o tracoma no grupo de doenças trabalhadas. Causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, atinge geralmente populações mais carentes. A doença está relacionada a baixas condições socioeconômicas e condições precárias de higiene e acesso à água. O tracoma, se não tratado, pode levar à cegueira.

Veja mais notícias sobre Saúde.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Sábado, 18 Mai 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.seculodiario.com.br/