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Hospital de Itapemirim poderá regularizar salários antes do fim do ano

Médicos vivem expectativa de acerto nesta semana; paralisação não está descartada

Os médicos que atuam no Hospital Materno Infantil Menino Jesus, em Itapemirim, no litoral sul do Estado, estão na expectativa de receber os salários de novembro e dezembro nesta semana. Segundo fontes ligadas aos profissionais, houve uma promessa de que o acerto se dará até esta quarta-feira (27). Caso isso não se confirme, existe a possibilidade de paralisação em janeiro.

A informação é de que o Instituto Vida Salus, que administra a unidade, aguarda os repasses das últimas parcelas do contrato com a Prefeitura de Itapemirim para até quarta ou quinta-feira (28) próximos. Como a contratação vence em dezembro, a organização corre para quitar todos os pagamentos antes do encerramento do ano.

Fontes ligadas ao hospital afirmam que o décimo terceiro salário dos funcionários foi pago integralmente, e o retroativo referente à complementação do piso salarial dos profissionais de enfermagem seria depositado na sexta-feira (22). Resta, portanto, o salário atrasado de novembro dos médicos e o pagamento referente a dezembro, que deverá ser adiantado por conta do encerramento contratual.

A continuidade ou não do Instituto Vida Salus na administração do hospital ainda é incerta. Em 13 de novembro último, a organização foi notificada pela secretária municipal de Saúde, Rafaela Abdon, de um processo de investigação de supostas irregularidades no fornecimento do serviço, que poderia resultar na rescisão do contrato antes mesmo do encerramento.

Em sessão na Câmara de Itapemirim, a secretária alegou que as irregularidades incluíam número de atendimentos de exames e da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) abaixo da meta do plano de trabalho; atraso nas compras de medicações; relatórios de prestação de contas atrasados; e problemas em questões sanitárias no setor de hemodiálise, apontados pela Vigilância Sanitária estadual.

Em 24 de novembro, o diretor do hospital, Jefferson Guisso Neves, enviou um ofício à Câmara de Vereadores apontando atrasos constantes nos repasses por parte da gestão do prefeito Doutor Antônio (PP), que durariam, em média, 40 dias. O contrato prevê 12 parcelas mensais de cerca de R$ 2 milhões, num total de pouco mais de R$ 25 milhões.

Algumas semanas depois, em prestação de contas na Câmara, Jefferson não mencionou e nem foi questionado sobre o ofício. Na ocasião, ele apenas afirmou que os questionamentos sobre supostas irregularidades tinham sido respondidos e que os pagamentos do hospital estavam em dia, contradizendo o seu próprio ofício.

Dentro da Câmara de Itapemirim, o interesse da maioria dos vereadores é pela renovação da contratação da entidade, por consideraram que o trabalho da atual administração é satisfatório e pelo fato de que a unidade ficaria sem uma gestão exclusiva por alguns meses, tendo que ser administrada diretamente pela Prefeitura de Itapemirim.

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