Segunda, 06 Mai 2024

Médicos de hospital em Itapemirim recebem salários atrasados

meninojesus_hospital_divulgacao Divulgação

Os médicos que atuam no Hospital Materno Infantil Menino Jesus, em Itapemirim, no litoral sul do Estado, enfim receberam os salários referentes aos meses de novembro e dezembro de 2023 nessa sexta-feira (5). Os pagamentos estavam previstos para acontecer até o último dia 28 de dezembro, o que não se confirmou na ocasião.

A gestão do prefeito Doutor Antônio (PP) repassou as últimas parcelas do contrato com o Instituto Vida Salus, que administra o Hospital Menino Jesus, possibilitando quitar as pendências com os médicos. Havia, inclusive, a possibilidade de paralisação nos serviços, caso os pagamentos não fossem feitos.

Oficialmente, a contratação do Instituto Vida Salus terminou no último dia 31 de dezembro, mas a entidade continua atuando no espaço. A informação é de que o contrato deverá ser estendido até a realização de um novo processo licitatório, o que poderá acontecer no mês de março. Entretanto, por enquanto, não existe nada formalizado por parte da Prefeitura de Itapemirim.

Os problemas na gestão do Hospital Menino Jesus começaram a vir à tona a partir de 13 de novembro último, quando o Instituto Vida Salus foi notificado pela administração municipal de um processo de investigação de supostas irregularidades no fornecimento do serviço, que poderia resultar na rescisão do contrato antes mesmo do encerramento.

Em sessão na Câmara de Itapemirim, a secretária de Saúde alegou que as irregularidades incluíam número de atendimentos de exames e da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) abaixo da meta do plano de trabalho; atraso nas compras de medicações; relatórios de prestação de contas atrasados; e problemas em questões sanitárias no setor de hemodiálise, apontados pela Vigilância Sanitária estadual.

Em 24 de novembro, o diretor do hospital, Jefferson Guisso Neves, enviou um ofício à Câmara de Vereadores apontando atrasos constantes nos repasses por parte da gestão do prefeito Doutor Antônio, que durariam, em média, 40 dias. O contrato prevê 12 parcelas mensais de cerca de R$ 2 milhões, num total de pouco mais de R$ 25 milhões.

Algumas semanas depois, em prestação de contas na Câmara, Jefferson não mencionou e nem foi questionado sobre o ofício. Na ocasião, ele apenas afirmou que os questionamentos sobre supostas irregularidades tinham sido respondidos e que os pagamentos do hospital estavam em dia, contradizendo o seu próprio ofício.

Dentro da Câmara de Itapemirim, o interesse da maioria dos vereadores é pela renovação da contratação da entidade, por consideraram que o trabalho da atual administração é satisfatório e pela insegurança jurídica gerada com o fim do contrato.

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