Sexta, 03 Mai 2024

Ministério da Saúde lança boletim epidemiológico de casos de microcefalia

Novos casos de microcefalia relacionados a infecção pelo vírus zika foram divulgados nesta terça-feira (15) pelo Ministério da Saúde. De acordo com o novo boletim epidemiológico, foram registrados 2.401 casos da doença e 29 óbitos, até 12 de dezembro deste ano. Esses casos estão distribuídos em 549 municípios de 20 estados.



O Estado tem 14 casos de microcefalia relacionados ao vírus zika em investigação. De acordo com o boletim do Ministério da Saúde, ainda não há casos confirmados ou descartados, assim como óbitos registrados.



O informe divulgado detalha, pela primeira vez, os primeiros casos confirmados e descartados em todo o País. Do total de suspeitos notificados, foram confirmados 134 e descartados 102. Continuam em investigação 2.165 casos. Foi confirmado um óbito e descartados dois. Permanecem em investigação 26 mortes.



A investigação dos casos de microcefalia relacionados ao vírus Zika é feito em conjunto com gestores de Saúde de estados e municípios. O novo informe traz ainda os seis novos Estados (Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, São Paulo e Rio Grande do Sul) que notificaram casos suspeitos. Equipes técnicas de investigação de campo do ministério da Saúde estão trabalhando nos estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe e Ceará.



Laboratórios



A circulação do vírus Zika é confirmada por meio de teste de Proteína C-reativa (PCR), com a tecnologia de biologia molecular. A partir da confirmação da circulação do vírus em uma determinada localidade, os outros diagnósticos são feitos clinicamente, por avaliação médica dos sintomas. Durante a apresentação dos novos dados de microcefalia, nesta terça-feira (15), o diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis, Claudio Maierovitch, disse que o Ministério da Saúde está trabalhando no fortalecimento do diagnóstico para o vírus zika.



Ele explicou que 18 laboratórios já estão capacitados, sendo 13 centrais e cinco de referência.  O teste para a confirmação do zika deve ser feito, de preferência, nos primeiros cinco dias de manifestação dos sintomas. Vale ressaltar que o vírus Zika é de difícil detecção, já que cerca de 80% dos casos infectados não manifestam sinais ou sintomas.



Além de destacar o fortalecimento da rede de laboratórios, Claudio Maierovitch alertou para os cuidados necessários neste verão. “É muito importante, neste período de festas e férias, que as pessoas, antes de viajar, façam uma varredura geral em suas casas, eliminando todos os possíveis focos do mosquito. Devido às condições climáticas, esse período de verão é um momento de maior circulação do mosquito”, alerta Maierovitch.



O Ministério da Saúde estuda, junto com especialistas e gestores locais de saúde, um novo modelo de notificação. Este novo modelo de avaliação faz parte dos estudos que envolvem o vírus zika, uma doença nova que chegou ao Brasil em maio deste ano e é desconhecida para a literatura mundial.

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