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Passos adiante

A hora e a vez das federações: depois do PSB, PDT de Vidigal debate fusão. Já o PSDB-Cidadania avança com o Podemos, de Gilson Daniel

Ales

No campo nacional e por aqui, ganham cada vez mais força as movimentações e elaboração de planos eleitorais a partir da consolidação de federações partidárias. Como registrado recentemente, o PSB, do governador Renato Casagrande, aprovou a fusão com o PDT e Solidariedade. Agora, é o partido do prefeito da Serra, Sérgio Vidigal, que analisará a questão. A Nacional do PDT, em reunião nessa quarta-feira (22), decidiu que os diretórios regionais e municipais também participarão do processo, cabendo a cada presidente estadual indicar o contexto local aos dirigentes do partido. No Espírito Santo, não há sinais de problemas, já que Vidigal e Casagrande são aliados há anos e estarão juntos novamente em 2024 e 2026. Em outra frente, as negociações envolvendo a federação PSDB-Cidadania e o Podemos, em fase de incorporação ao PSC, também andaram nesta semana, com reunião entre Eduardo Leite (PSDB) e Renata Abreu (Podemos), comandantes das siglas. Na mesa, as situações nos estados e a disputa municipal, que já movimenta os atores políticos. O próximo encontro já tem data marcada: 11 de abril. Os diretórios capixabas em questão também estão na base de Casagrande. O PSDB-Cidadania ameaçou rebelião outro dia, mas os ânimos se acalmaram. O Podemos, por sua vez, tem aliados clássicos, como o ex-secretário e ex-prefeito de Viana, Gilson Daniel, atual deputado federal, e o prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo. Mais do que a primeira federação citada aqui, esse bloco terá muito a encorpar reunidos em uma federação. A começar pela maior bancada da Assembleia Legislativa, ultrapassando a oposição e os bolsonaristas, hoje na liderança. Ganha-ganha para todo lado, inclusive para Casagrande.

Tudo igual
Na federação PSB-PDT-SD, vale detalhar, não haverá mudanças para a bancada capixaba no Congresso Nacional. Dos dez parlamentares, o PSB só reelegeu Paulo Foletto e o PDT e o Solidariedade ninguém. No Senado, nenhum dos três partidos estão representados pelo Espírito Santo. Já na Assembleia…

‘Plus’
…chegaria junto do PL, com cinco deputados. O PSB tem Tyago Hoffmann, Dary Pagung e Janete de Sá. Já o PDT, José Esmeraldo e Adilson Espindula. No campo municipal, contaria com 23 prefeituras – 13 do PSB, 7 do PDT e 2 do Solidariedade -, com palanques em potencial para 2024.

Tamanho
Já PSDB-Cidadania e Podemos-PSL manteriam dois deputados federais, Gilson Daniel e Victor Linhalis, eleitos pelo Podemos e, na Assembleia, passaram a ter sete cadeiras, assumindo a liderança: Vandinho Leite e Mazinho dos Anjos, do PSDB; Fabrício Gandini (Cidadania); Marcelo Santos, Lucas Scaramussa e Allan Ferreira, do Podemos; e Alexandre Xambinho (PSC).

Tamanho II
Em relação aos municípios, somariam 16 prefeituras. Hoje o Cidadania tem nove; o PSDB, quatro; o Podemos duas; e o PSC, uma. As duas do Podemos que entram na soma, como se sabe, são de municípios estratégicos, da região metropolitana – Arnaldinho Borgo, em Vila Velha, e Wanderson Bueno, em Viana, os dois no jogo da reeleição.

Leque
Na Capital, como tem se discutido nos bastidores, os nomes em jogo são do PSDB-Cidadania: os ex-prefeitos Luciano Rezende (Cidadania) e Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), os deputados Gandini (Cidadania) e Mazinho (PSDB, e o ex-deputado Sérgio Majeski (PSDB).

Leque II
Nos últimos dias, Vandinho se reuniu com Luciano e Luiz Paulo. O início das articulações, restritas a um grupo, gerou insatisfações de Majeski, que nunca escondeu o desejo de disputar a Prefeitura de Vitória. Veremos as próximas cenas…

Por fora
O que sai desse grupo é o plano de apresentar uma candidatura que consolide uma terceira via, fugindo da possível polarização entre o prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) e o deputado estadual João Coser (PT), como ocorreu em 2020. Gandini enfrentou os dois na ocasião, mas ficou no olho do furação contra Pazolini no primeiro turno.

Sem espaço
Em Vila Velha, com o caminho já percorrido por Arnaldinho rumo à reeleição, apoiado por Casagrande, a consolidação da federação colocaria de vez o ex-prefeito Max Filho (PSDB) para fora do ninho tucano. Ele não descarta tentar retornar à prefeitura e conversa com outras legendas. Os ruídos já geram turbulências internas, como analisado aqui outro dia.

Nas redes
“Lamento a postura violenta, que até onde sei não reflete a verdade, do vereador Devacir Rabelo [DC] em relação ao PT. São ataques caluniosos, e a promessa de que em 2024 não terá PT em Vila Velha. Devacir, anote aí: vai ter PT sim em VV, e muito mais do que você pensa!”. Rafael Primo (PT), subsecretário estadual de Direitos Humanos, que disputou a prefeitura em 2020.

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