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​Movimentos do campo e cidade se unem no Periferia Viva

Projeto de alcance nacional vai ser lançado no Estado para apoio e politização nas comunidades diante da Covid-19

Campanha realizada a nível nacional, o Periferia Viva será lançado oficialmente nesta quinta-feira (2) no Estado, com um debate às 18h no Facebook e uma análise de conjuntura do país e da campanha, contando com participação de Amanda Veridiano, do Levante Popular da Juventude (LPJ), e Marco Carolino, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

O Periferia Viva reúne movimentos do campo e na cidade diante da difícil situação das comunidades periféricas, buscando ao mesmo tempo apoiar com doações de alimentos e materiais de higiene e promover diálogos com as pessoas.

Segundo Leonel Delvizio, da Consulta Popular no Espírito Santo, outra das entidades participantes, a campanha busca combinar as ações com um processo de conscientização sobre os direitos e a necessidade de se criar laços de empatia e solidariedade dentro das comunidades.

Só os assentamentos e acampamentos do MST no Estado já doaram cerca de 30 toneladas desde o início da pandemia e agora se somam a outros movimentos. “Mais do que números de toneladas de alimentos, nossa meta é chegar de fato na população de periferia e contribuir para que o sujeito que está em seu território perceba que o leva a precisar de uma cesta básicas ou doação de alimentos nesse período. Qual o sistema que faz ele estar nessa situação?”, questiona Eliandra Fernandes, da coordenação do MST capixaba.

No Espírito Santo, MST, LPJ e Consulta Popular trabalham junto com apoio de outras pessoas não-organizadas coletivamente e também abertos a grupos que queiram se somar. A campanha já atua desde maio no bairro de Vila Nova de Colares, na Serra, um dos mais afetados pela doença no Estado. “No bairro, nós estamos fazendo a doação de cestas básicas em parceria com o centro comunitário e a escola estadual de lá”, conta Leonel.

Divulgação/ Periferia Viva ES

Segundo Eliandra, uma das metas é atuar também nas periferias das cidades do interior do Espírito Santo, que precisam de apoio. Prevê ainda a realização de um curso para formação de agentes populares para que contribuam nas orientações de prevenção sobre Covid-19 em suas comunidades.

Em linhas gerais, Leonel Delvizio aponta que a campanha foi idealizada pelos movimentos para “reagir ao projeto de morte do governo federal, bem como exigir o suporte necessário das autoridades locais, aliados às ações auto-organizadas nas comunidades”.

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