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A eleição de 2016 vai ser completamente diferente de qualquer outra, tanto pela influência do cenário nacional quanto pelas movimentações locais. Já estamos em meados de abril e as conversas, que geralmente se concentram nos palanques majoritários e na corrida atrás de apoios, se dividem com o cenário nacional. As lideranças estão com um olho na eleição de outubro e outro nas articulações em Brasília. 
 
Dependendo do desenvolvimento das coisas em Brasília, com a alta temperatura que toma conta das ruas, os discursos nos palanques serão orientados para um lado ou para o outro. A discussão é complicada, já que o eleitorado está dividido. Buscar votos assim é arriscado. Cravar uma posição pode fazer com que o candidato seja muito bem acolhido ou enxotado pelo eleitor. 
 
Nestas circunstâncias, ganham os que estão mais discretos neste momento ou os que por questões partidárias sempre tiveram uma posição, bem antes da polêmica sobre impeachment. Os candidatos do PSDB sempre tiveram uma posição contraria ao PT e vice-versa e,  por isso, tem mais facilidade para assumir um discurso. O problema maior estará colocado para os que sempre foram base e agora adotam uma postura de oposição, muitos por conveniência. 
 
Isso se soma às peculiaridades da eleição: financiamento público, 45 dias de campanha, cenários pulverizados de candidaturas, entre outros. Tudo isso torna o cenário mais incerto, mais arriscado. A disputa promete ser mais próxima do eleitorado e, por isso mesmo, mais exposta às reações do público.
 
Como se não bastassem esses elementos apimentando o processo eleitoral, a disputa entre as principais lideranças do Estado, o governador Paulo Hartung (PMDB) e o ex-governador Renato Casagrande (PSB), que se dará nos bastidores da eleição, também traz mais inconsistências na hora de fazer as apostas. 
 
A eleição de 2016 promete ser mais acirrada, mais emocionante e mais dura entre os candidatos por todos esses motivos. E olha que não está descartada a possibilidade de haver uma eleição geral junto. Aí é um outro cenário a se analisar. 

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